Metade das escolas da rede municipal de Maringá apresentam problemas estruturais

O balanço é da própria Secretaria Municipal de Educação (Seduc) e foi apresentado nesta quinta-feira (13) aos vereadores, na Câmara de Maringá. Das 59 escolas com problemas, 35 delas apresentam infiltrações e/ou goteiras. Município diz que contratará perícia detalhada antes de decidir por intervenções mais profundas nos prédios.

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    Metade das escolas da rede municipal de Maringá apresentam problemas estruturais. O dado foi levantado pela própria Secretaria Municipal de Educação (Seduc) e foi apresentado nesta quinta-feira (13) aos vereadores, durante a sessão da Câmara de Maringá.

    Conforme o levantamento apresentado pelo secretário da pasta, Fernando Brambilla, das 117 unidades educacionais, entre escolas e centros municipais de educação infantil (CMEIs), 59 apresentam algum tipo de problema estrutural. 29 delas, ainda conforme a Seduc, precisam de uma intervenção mais urgente, todas elas relacionadas com infiltrações. A infiltração, por sinal, é um problema que atinge 35 das 59 escolas problemáticas.

    As infiltrações atingem diversos setores das unidades, como salas de aula, cozinhas e setores administrativos. Outros problemas identificados nestas unidades são relacionados com goteiras e calhas defeituosas.

    De acordo com o secretário de Educação de Maringá, Fernando Brambilla, o município vai contratar uma perícia para fazer uma análise mais detalhada da situação das escolas e CMEIs. Após isso, a Prefeitura irá decidir como procederá com as intervenções mais profundas. Até lá, o Executivo buscará o credenciamento de prestadores de serviço para as obras mais simples.

    “Inicialmente, até por termos poucos funcionários do setor, nós fizemos um levantamento inicial das 117 unidades e, por isso, eu tenho essa informação que das 117, 60 tem esses problemas estruturais e 29 estão em uma situação de emergência. De uma maneira inicial, junto com uma parceria com a Seinfra, nós vamos minimizar esses problemas. E nós estamos contratando uma empresa para que faça um levantamento detalhado da real situação, para que a gente possa daí sim fazer um projeto executivo nas unidades que terão que receber essa intervenção. E aí, paralelamente a isso, a gente também está buscando, junto com as diversas secretarias, fazer as licitações dos prestadores de serviços, e isso não é só para a Secretaria de Educação, mas é para a Saúde, é para a Assistência Social, para o Esporte, enfim, é para toda a Prefeitura”, afirmou.

    Ainda conforme o secretário, é cedo para afirmar se crianças precisarão ser realocadas das escolas por conta de possíveis reformas.

    “Nós vamos saber efetivamente, a partir do levantamento, onde nós vamos contratar a empresa e eles vão nos indicar qual é o tipo de intervenção que cada unidade vai ter que ter. Então, assim, é muito cedo a gente dizer em retirada de crianças. Talvez nós vamos ter unidades que são intervenções apenas na parte de estrutura de cima, que não interferem no dia a dia das aulas. Então, ainda é prematuro falar que nós vamos ter que ter retirada de crianças de escolas”, disse Fernando Brambilla.

    Sem contratos com prestadores de serviços

    Ainda conforme apresentado pela Secretaria de Educação nesta quinta (13), contratos com 15 prestadores de serviços de pequenas intervenções nas escolas foram encerrados entre 2023 e 2024 e, até o momento, não houve a reabertura dos respectivos processos licitatórios.

    Entre os contratos que não estão mais em vigor, estão os para manutenções de calçadas e alambrados, reforma de telhados, limpeza de calhas, serviços de pintura e reposição de extintores. Ainda vigentes constam apenas três contratos: para roçadas, válido até fevereiro de 2026; manutenção de forro, vigente até janeiro de 2026 e limpeza de caixas d’água, válido até abril de 2025.

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