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A Prefeitura de Maringá pagou R$ 253 mil na compra de armas de choque que serão utilizados por agentes de trânsito na cidade. A partir desta semana, conforme informado pelo município, os profissionais que já passaram por treinamento e avaliação psicológica passarão a portar armamento não letal durante os trabalhos de fiscalização.
Conforme informações do Portal da Transparência, a Prefeitura de Maringá firmou um contrato, em novembro de 2024, com a ‘Condor Tecnologias não-letais’, empresa sediada em Nova Iguaçu-RJ, para a aquisição de 25 kits Spark Elite Z 2.0, compostos de 1 taser, dois coldres, 6 cartuchos de lançamento de dardos 6m, 2 baterias e uma maleta operacional. Por cada kit, o município pagou R$ 10.025,69.
Além das armas, houve também a compra de um equipamento para o monitoramento do uso das armas não letais por parte dos agentes, ao custo de R$ 3.288,83. As duas compras ocorreram via dispensa de licitação.
A Justificativa do município para a ausência de edital para a compra dos armamentos foi a de que a empresa carioca é a única fabricante deste tipo de equipamento no Brasil. Ainda conforme documentos anexados no Portal da Transparência, a Prefeitura de Maringá já havia solicitado autorização do Exército Brasileiro para a compra desde 2019, não realizando a aquisição anteriormente por conta da pandemia da Covid-19.
De acordo com a Prefeitura, 61 dos 84 agentes de trânsito já passaram por treinamento para portar o item. O município também informou que, por conta dos profissionais usarem o armamento apenas em serviço, haverá um revezamento do uso do equipamento entre os agentes.
Em entrevista ao Maringá Post nessa quinta (16), o secretário de Segurança Pública e Mobilidade Urbana de Maringá, Delegado Luiz Alves, afirmou que o armamento dos agentes é uma forma de oferecer a possibilidade de defesa para os fiscalizadores, que estariam sofrendo com agressões durante as abordagens. “Foi apurado estatisticamente que os agentes de trânsito muitas vezes têm sofrido com agressões, casos de agentes sendo agredidos com pontapés, socos, gente correndo atrás, porque as pessoas às vezes ficam insatisfeitas com a infração, muitas vezes, ele está no exercício da sua função, ele precisa ter como se prevenir. Ele tem que ter o direito de se proteger, então é um instrumento que não leva a morte naturalmente. Ele incapacita, dá uma descarga elétrica, você fica incapacitado e é um momento que você consegue ser contido. E claro que há diversas regras de utilização”, disse o secretário.
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