Cocamar lança pedra fundamental de uma das maiores esmagadoras de soja do Brasil

Anunciada nesta quarta-feira (11), a nova planta industrial será erguida em Maringá, com investimento de R$ 1,5 bilhão e capacidade inicial para processar 5 mil toneladas diárias, gerando impactos positivos na economia local.

  • A Cocamar anunciou nesta quarta-feira (11) o início das obras de sua nova fábrica de esmagamento de soja, em Maringá (PR). Com um investimento de R$ 1,5 bilhão, a unidade marca a expansão do parque industrial da cooperativa e terá capacidade inicial para processar 5 mil toneladas de soja por dia, com possibilidade de alcançar 7,5 mil toneladas no futuro. Previsto para 2027, o projeto promete gerar impactos positivos na economia local e contribuir para a sustentabilidade.

    Além de ampliar a capacidade de processamento de soja, essa nova indústria permitirá à Cocamar aumentar a neutralização da refinaria de óleo de 200 mil para 350 mil toneladas anuais. No futuro, também expandirá a capacidade de produção de biodiesel. O projeto demandará ainda a construção de um novo terminal rodoferroviário para escoar a maior quantidade de farelo e óleo produzida, além de ampliar a capacidade de armazenamento de farelo e o pátio de triagem, adequando-se ao aumento do fluxo de caminhões.

    “Estamos investindo na modernização e expansão industrial para atender à crescente produção regional e gerar mais renda para os nossos 20 mil cooperados”, destacou Divanir Higino, presidente executivo da cooperativa.

    Higino explica que aumentar o esmagamento significa agregar mais renda à produção dos quase 20 mil produtores cooperados, 70% dos quais de pequeno porte, atendidos por uma rede de 115 unidades operacionais distribuídas pelos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. E, com uma indústria maior e mais eficiente, a Cocamar projeta incrementar seu faturamento e resultados.

    Durante a fase de construção, a obra deverá empregar mais de 1,5 mil trabalhadores e contará com a participação de empresas locais, impulsionando a economia regional.

    Ulisses Maia, prefeito de Maringá, ressaltou a importância do projeto: “Essa iniciativa da Cocamar tem impacto direto na economia da cidade e da região. Transformar a soja local em produtos de alto valor agregado fortalece as exportações, aumenta o faturamento e eleva a arrecadação tributária, o que beneficia áreas essenciais como saúde e educação.”

    Inovação e sustentabilidade como pilares

    A nova planta será um marco de inovação tecnológica e sustentabilidade. Totalmente automatizada e alinhada aos conceitos da indústria 4.0, ela contará com sistemas de automação avançados, controle digital em tempo real e processos otimizados para eficiência energética. O projeto inclui tecnologias como descascamento a morno e extratores que maximizam a qualidade dos produtos, como o farelo hipro, com 48% de teor proteico.

    Do ponto de vista ambiental, a planta será capaz de reduzir significativamente o consumo de recursos naturais. Em relação a estruturas convencionais, haverá uma economia estimada de 230 milhões de litros de água por ano e 125 mil toneladas anuais de vapor. Além disso, o uso de solventes e biomassa também será consideravelmente menor, e a unidade não gerará efluentes. “Essa é uma fábrica que traz o que há de mais moderno e tecnológico no setor. Ela é totalmente alinhada às melhores práticas ambientais, com menos impacto e mais eficiência”, afirmou Divanir Higino.

    Cocamar

    Fortalecendo a competitividade do Brasil

    A Cocamar também prevê que a nova indústria estabelecerá novos parâmetros para o setor de esmagamento de soja no Brasil. “Com essa expansão, seremos capazes de absorver praticamente toda a soja dos nossos cooperados no Paraná, melhorando a competitividade da cooperativa na cadeia produtiva”, disse Luiz Lourenço, presidente do Conselho de Administração da Cocamar.

    O projeto conta com financiamento da FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, que reconheceu o caráter inovador da iniciativa. Segundo Lourenço, o apoio da FINEP foi crucial para viabilizar a planta: “Este financiamento especial é um reconhecimento à relevância do nosso projeto para a indústria brasileira.”

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