Quando o pedágio voltará a ser cobrado nas rodovias da região de Maringá?

Governo do Paraná se prepara para o leilão do Lote 3 das rodovias, previsto para ocorrer no dia 12 de dezembro. Grupo contempla estradas do Norte, com 569km de rodovias.

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    O Governo do Paraná se prepara para a realização do leilão do Lote 3 das rodovias do Estado. A concorrência está marcada para as 14h do dia 12 de dezembro na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. O lote integra 569km de rodovias que cortam o norte do Paraná, o que leva as pessoas a se questionarem: Quando o pedágio voltará a ser cobrado nas rodovias da região de Maringá?

    Praças que integram a região fazem parte do Lote 3, que abrange 22 cidades e faz a ligação do Norte do Estado com o eixo rodoviário da BR-277, para chegar até o Porto de Paranaguá. Fazem parte do pacote: BR-369, BR-373, BR-376, PR-170, PR-323, PR-445 e PR-090. A previsão é que a concessionária vencedora do leilão invista R$ 16 bilhões em obras, conservação e serviços operacionais.

    Falando especificamente da região de Maringá, a concessionária vencedora será responsável pelas estradas que cortam Mandaguari, Jandaia do Sul e Apucarana. Assim, cidades deste entorno que tiverem praças de pedágio também serão de responsabilidade da arrematante.

    Atualmente, funcionam no Paraná praças de pedágio dos Lotes 1 e 2, cujo os leilões ocorreram em 2023 e os contratos assinados em janeiro de 2024. Todo o processo entre a assinatura do contrato e o início das atividades demorou, aproximadamente, 60 dias, mesmo período aguardado para o Lote 3. Com o leilão ocorrendo no próximo dia 12 de dezembro, a expectativa é que os contratos sejam assinados até o fim de janeiro de 2025.

    Obras previstas

    Estão previstos 132 quilômetros de duplicações e 24,6 quilômetros de faixas adicionais, com destaque para a duplicação de 52,58 quilômetros da BR-376, a Rodovia do Café, e duplicações entre a região de Londrina e São Paulo. Entre as novidades também estão o Contorno de Apucarana, no Vale do Ivaí, ligando a BR-369 à BR-376, com 13,8 quilômetros de extensão. A região também deve ganhar o Contorno de Califórnia, com pouco mais de cinco quilômetros, ligando dois trechos da BR-376.

    Já Ponta Grossa deve ganhar dois novos contornos: o Contorno Norte, com extensão total de 14,65 quilômetros, entre a BR-376 e a BR-373, e o Contorno Leste, que vai ligar a BR-373 à PR-151 e terá 27,7 quilômetros de extensão. O Lote 3 ainda pega o território de Palmeira e termina no entroncamento com a BR-277 em São Luiz do Purunã, distrito de Balsa Nova. Neste trecho as obras incluem uma passarela para pedestres no km 502 e oito viadutos.

    Outra obra emblemática prevista é a área de escape na Serra do Cadeado, em Mauá da Serra, que deve ser construída na altura do km 305 da BR-376.

    Ao todo, os estudos realizados pelo Governo do Paraná estimam um fluxo diário de mais de 5,8 mil veículos nessas estradas. Com isso, o Estado busca uma empresa disposta a realizar investimentos na ordem de R$ 8,1 bilhões nas rodovias ao longo de 30 anos de concessão. O custo de manutenção das estradas, no mesmo período, deverá ser de R$ 5,3 bilhões.

    O contrato também prevê os valores desejados para as praças de pedágio do Lote 3, estimados em R$ 10,30 para automóveis em trechos de pista simples e R$ 14,42 para automóveis em trechos de pista dupla. Os estudos e audiências estão disponíveis para consulta pública.

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