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Mais de 440 mil pessoas vivem em favelas ou comunidades urbanas no Paraná. A informação consta na nova leva de dados do Censo Demográfico 2022, disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana anterior.
Para o órgão de pesquisas, classifica-se como favela ou comunidade urbana grupos autônomos que utilizam-se de diversas estratégias para atender suas necessidades de moradia diante da insuficiência das ações do Estado. Entre as características destes espaços, estão, conforme o IBGE: ausência de oferta de serviços públicos como saneamento, iluminação pública e coleta de lixo; concentração de construções que não seguem a legislação vigente; localização em áreas com restrição à ocupação e insegurança jurídica de posse.
O Censo 2022 é o primeiro, desde 1970, em que o Instituto voltou a usar a nomenclatura ‘favelas’ para se referir a esses espaços. Termos como ‘Aglomerados urbanos excepcionais’, ‘setores especiais’ e ‘aglomerados subnormais’ foram utilizados pelo órgão de pesquisas ao longo do tempo.
A nova denominação, que foi discutida amplamente pelo instituto com movimentos sociais, comunidade acadêmica e diversos órgãos governamentais e anunciada pelo IBGE em janeiro de 2024.
Em todo o Paraná, são 636 favelas ou comunidades urbanas. Maringá, Sarandi e as demais cidade que compõem a região da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) não têm comunidades com essa classificação.
Na região, as cidades mais próximas que têm favelas classificadas pelo IBGE são Umuarama e Londrina. Em Umuarama, conforme o órgão, 412 pessoas vivem na única favela do município, a comunidade do Alqueires, que reúne 185 domicílios. De acordo com os dados fornecidos pelo Censo, a comunidade não tem nenhum estabelecimento de Saúde ou de Ensino.
Em Londrina, 10.392 pessoas vivem em 17 comunidades urbanas, distribuídas em 4.103 domicílios. No Paraná, a cidade que mais tem pessoas vivendo em favelas é Curitiba, com 122.695, divididas em 166 comunidades.
Os dados completos podem ser conferidos no Panorama do Censo 2022, disponível neste link.
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