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O desenhista Paulo Henrique Rodrigues, criador de “Min e as Mãozinhas”, o primeiro desenho animado em Língua Brasileira de Sinais (Libras), está visitando escolas em Maringá e Sarandi durante o mês de setembro.
Em comemoração ao Setembro Azul, o mês dos surdos, e ao Dia Nacional do Surdo, celebrado nesta quinta-feira, 26 de setembro, Paulo está promovendo atividades e distribuindo gratuitamente livros e DVDs sobre Libras para as crianças.
O projeto de Paulo, lançado em agosto de 2018, tem como objetivo aproximar ouvintes e surdos, promovendo a inclusão desde a infância. A série “Min e as Mãozinhas”, que pode ser assistida no YouTube e em canais de TV, ensina a Língua Brasileira de Sinais de maneira acessível e divertida.
A inspiração para criar o desenho animado veio de uma situação vivida por Paulo em um casamento, onde se viu incapaz de se comunicar com uma convidada surda.
“Nesse dia me dei conta de que aprendi tantas coisas na escola, mas não aprendi Libras. Percebi que há um grande despreparo da maioria para falar com a comunidade surda e vi que a melhor forma para amenizar isso seria focar nas crianças. Foi assim que surgiu Min e as Mãozinhas, um projeto que une entretenimento e educação”, contou o desenhista.
Para desenvolver o projeto, Paulo contou com o apoio de professores surdos e intérpretes. Foram realizadas diversas pesquisas, entrevistas, testes de animação e até testes de trilha sonora, levando em consideração que as pessoas surdas podem sentir a vibração. Todo o processo foi cuidadosamente pensado para atender às necessidades desse público.
O primeiro episódio da série apresenta a personagem Yasmin, uma menina surda conhecida como “Min”. A história gira em torno de uma aventura na floresta, onde Min e seus amigos animais aprendem e ensinam, por meio da Língua de Sinais, como dizer seus nomes e cumprimentar.
Desde o seu lançamento, “Min e as Mãozinhas” tem impactado positivamente a vida de crianças surdas e ouvintes. Para Paulo, a inclusão da comunidade surda no entretenimento é essencial para promover representatividade e visibilidade, garantindo que essa parcela da população se sinta parte ativa da sociedade.
“O surdo se sente mais parte da sociedade e se vê representado nos meios de comunicação”, afirma Paulo Henrique Rodrigues. A resposta das famílias tem sido emocionante: “Já fiz tantas apresentações e recebo tantos comentários de mães me falando que as crianças surdas ficam super felizes quando veem a Min e dizem ‘Olha, mãe! Ela é como eu!’”, compartilha o criador.
Além de impactar diretamente as crianças surdas, o desenho também tem influenciado positivamente as crianças ouvintes. Ao entrarem em contato com a série, muitas se sentem motivadas a interagir com colegas surdos, superando barreiras de comunicação.
“Conseguimos criar aí uma ponte entre a comunidade surda e ouvinte, gerando interesse, inclusão e mais empatia”, ressalta Paulo, reforçando o poder transformador da animação em promover uma convivência mais inclusiva desde a infância.
Agora, com a passagem por Maringá e Sarandi, Paulo segue levando sua mensagem de inclusão e acessibilidade, sensibilizando crianças e adultos para a importância da comunicação com a comunidade surda.
Confira o trailer do desenho “Min e as Mãozinhas” a seguir:
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