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A semana seguinte ao acesso para a Série C do Campeonato Brasileiro 2025 foi de celebração, mas também de muito trabalho para o Maringá FC. Após dois dias de folga, a equipe retomou os trabalhos nessa quarta-feira (4). É fácil esquecer, mas a temporada ainda não acabou.
O Tricolor da Cidade Canção, apesar de já ter batido as metas da temporada, ainda tem a chance de terminar o ano com taça. Para isso, restam quatro ‘decisões’ na Série D. Já neste domingo (8), a equipe viaja para Goiás, onde enfrentará o Anápolis, pelo jogo de ida da semifinal. Na outra chave, jogam Retrô e Itabaiana.
Além dos atletas, as atenções da semana também se direcionaram ao presidente do clube, João Vitor Mazzer, que concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (5). Entre os muitos assuntos abordados, o futuro do clube estava na pauta. Afinal, como o acesso para a Série C muda o planejamento?
Um primeiro assunto já foi adiantado aos jornalistas: Jorge Castilho, no clube desde 2020, renovou o contrato para 2025, comandando o MFC na terceira divisão. Sobre o elenco, Mazzer ponderou que ainda não é o momento de falar sobre: “Acredito que ainda não é o momento de falar em elenco, pois ainda estamos no meio de um campeonato e focados no título, isso será muito bom para o nosso projeto”, afirmou o presidente, que conversou com o Maringá Post pouco antes da coletiva.
De acordo com o dirigente, o acesso traz uma sensação de ‘dever cumprido’, embora tanto ele quanto o próprio Maringá FC sigam cheios de ambições.
“A sensação é indescritível, de dever cumprido. Prova de que os últimos oito anos de trabalho valeram muito a pena. Acho que só quem trabalha com futebol sabe a dimensão real que é o feito de pegar um time como o Maringá FC, da maneira que ele estava quando chegamos e levar até a Série C da maneira que foi”, disse.
Segundo João Vitor Mazzer, o acesso para a Série C em 2025 estava dentro do planejamento estratégico traçado pela equipe, que tem uma meta ainda mais ousada: chegar na Série B até 2027. Ele destacou que trabalhar com metas faz parte do modelo de um clube empresa, adotado em sua gestão como presidente.
“O clube é gerido como uma empresa, como deve ser. Estava em nosso planejamento estratégico chegarmos na Série C em 2025 e na Série B até 2027. Cumprimos essa primeira etapa, já tínhamos cumprindo outras, como chegar na final do Paranaense, disputar a Copa do Brasil e agora conseguimos a vaga para a Série C, mudando o nosso projeto de patamar e permanecendo perto das metas”, declarou.
O assédio de outras equipes
Um ‘fantasma’ vivido pelo Maringá FC nos últimos anos foi o assédio de equipes de divisões superiores em seus atletas. Só nas últimas duas temporadas, nomes como Bianqui, Marcos Vinícius, Morelli e Zé Vitor foram levados pelos grandes da capital. Esse assédio, no entanto, não é visto por Mazzer como algo negativo. De acordo com o presidente, a busca de outras equipes reforça o bom trabalho feito em Maringá. Ele também aposta nos bons contratos firmados pelo clube para a manutenção de atletas importantes.
“Nós vemos como algo muito natural. Nossos contratos são muito bem feitos, esse é um dos principais atrativos do nosso projeto. Todas as nossas tratativas são muito sólidas e transparentes, seja com os atletas ou os empresários. Pagamos muito bem, pagamos em dia, então esse ‘assédio’ faz parte do dia a dia. Quanto melhor forem os nossos resultados, mais visibilidade teremos e mais os nossos atletas serão visados. Lembrando sempre que isso é bom para o Maringá. Quanto mais negociamos atletas, mais recursos captamos para investimentos nos anos posteriores. Grande parte do que captamos é redirecionado para o futebol, que consome mais de 50% de nossas receitas, então esse assédio é muito positivo. Sabemos que o assédio aumentará e estaremos preparados. Hoje, nossa camisa vale muito mais, nossos atletas valem muito mais, nos tornamos uma marca muito valiosa”, explicou.
Para finalizar, o presidente adiantou que o orçamento do futebol para 2025 deverá ter um acréscimo de 50%, embora não tenha falado em valores concretos.
“Nosso orçamento já está sendo visto. Agora com o acesso, já estamos vendo os valores. Acredito que ainda não é o momento de falar em elenco, pois ainda estamos no meio de um campeonato e focados no título, isso será muito bom para o nosso projeto. Não vejo um cenário do Castilho longe do Maringá. Sabemos que no futebol tudo pode acontecer, mas a vontade nossa e dele é de permanecer juntos por um prazo considerável. O orçamento do futebol pode ser lido de várias maneiras. O orçamento específico do futebol deverá crescer na casa de 50%”, finalizou.
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