Reitor se diz ‘surpreso’ com polêmica sobre uso de banheiros multigênero na UEM: “Não partiu oficialmente de nós”

Em vídeo publicado nas redes sociais nessa quarta-feira (28), o reitor Leandro Vanalli afirmou que o assunto “merece uma ampla discussão” e que não pode ser resolvido em uma “decisão isolada”. Instituição afirma que designou Comissão para debater diretrizes sobre o tema.

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    O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Leandro Vanalli, usou as redes sociais para se posicionar sobre a polêmica da liberação de uso de banheiros femininos dentro da instituição de acordo com a autoidentificação de gênero. O assunto ganhou grupos de compartilhamento de mensagens e foi tema de reportagens nessa quarta-feira (28).

    Ainda na quarta (28), Vanalli publicou um vídeo em seu perfil pessoal no Instagram, onde se disse ‘surpreso’ com a decisão. Conforme o reitor, a decisão sobre o uso de banheiros multigênero não teria partido da reitoria.

    “Fui pego hoje de surpresa com essa notícia, essa polêmica. […] É um assunto importante, merece respeito, uma ampla discussão e não uma decisão isolada, divulgada em uma rede social não oficial. É um assunto que não partiu do reitor e de nenhum de nossos conselhos superiores. Deve ser debatido por toda nossa comunidade e, assim, venho reafirmar, que é uma decisão que não partiu oficialmente de nossa UEM”, disse Vanalli.

    Por meio de nota enviada ao Maringá Post, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) informou que enviou um ofício ao Comitê de Direitos Humanos, Promoção e Proteção de Grupos Vulneráveis e Garantia das Liberdades Individuais para que “encaminhe o debate e elabore diretrizes” sobre o uso de banheiros multigênero dentro da Instituição. A UEM frisou que não são todos os banheiros femininos da Universidade que receberam as placas, destacando o interesse da reitoria em ampliar o diálogo sobre o tema.

    Entenda a polêmica

    A Universidade Estadual de Maringá (UEM) anunciou a liberação dos banheiros femininos para uso conforme a identificação de gênero dos alunos, uma iniciativa que visa promover a inclusão e o respeito à diversidade no ambiente acadêmico.

    A decisão foi impulsionada por denúncias de transfobia, incluindo pichações nas portas dos sanitários femininos, que foram relatadas por pelo menos dez mulheres trans.

    Texto atualizado às 15h41 para acréscimo de informações

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