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A Universidade Estadual de Maringá (UEM) anunciou a liberação dos banheiros femininos para uso conforme a identificação de gênero dos alunos, uma iniciativa que visa promover a inclusão e o respeito à diversidade no ambiente acadêmico.
A decisão foi impulsionada por denúncias de transfobia, incluindo pichações nas portas dos sanitários femininos, que foram relatadas por pelo menos dez mulheres trans.
Dezenas de banheiros do campus receberão novas placas de conscientização, destacando o direito de uso dos sanitários conforme a identidade de gênero de cada pessoa. De acordo com a instituição, não são todos os banheiros do campus que receberão as placas, que contêm informações sobre a normativa vigente que autoriza essa prática e reforçam a mensagem de que “transfobia é crime”.
A nova política permite que mulheres trans e todas as pessoas que se identificam como mulheres, independentemente de terem realizado a transição de gênero, possam utilizar os banheiros femininos. Essa decisão gerou debates na comunidade acadêmica e repercussões significativas fora da universidade.
Comentários nas redes sociais geraram críticas à medida. Entre as reações negativas, destacaram-se observações como: “Por isso digo: minha filha não vai para a UEM”, “Lamentável essa turma do ‘todes'”, e “UEM… abrindo as portas para possíveis estupros e atentados ao pudor”. Algumas sugestões incluíram a criação de um banheiro específico para atender a diferentes identidades de gênero, com a proposta de manter um banheiro feminino, um masculino e um neutro.
Numa rede social, Homero Marchese, ex-deputado estadual do Paraná, criticou a medida, alegando que a autoidentificação de gênero para uso de banheiros pode gerar desconforto entre as mulheres e sugerindo que a divisão tradicional dos sanitários por sexo visa proteger a privacidade e a segurança dos usuários.
Marchese também questionou a necessidade de utilizar cartazes afirmando que “transfobia é crime”, sugerindo que tal comunicação poderia ser interpretada como uma tentativa de silenciar opiniões contrárias à medida proposta pela reitoria.
Conteúdo atualizado às 15h52 de 29/08/2024
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