Para evitar retorno da coqueluche, vacinação contra a doença é ampliada em Maringá

Em Maringá, a imunização foi expandida para incluir todos os trabalhadores de berçários e creches, além da vacina para crianças e gestantes.

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    Após a confirmação da primeira morte por coqueluche no Brasil em três anos, a cidade de Maringá decidiu ampliar a vacinação contra a doença.

    A coqueluche, também conhecida como “tosse comprida”, é uma doença infecciosa aguda respiratória altamente contagiosa. A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com uma pessoa doente, através de gotículas eliminadas ao tossir, espirrar ou até mesmo ao falar. Os principais sintomas incluem febre, mal-estar, coriza e tosse seca, que pode ser intensa.

    No dia 25 de julho deste ano, foi confirmada a morte de um bebê de seis meses devido à coqueluche, em Londrina (cerca de 100 km de Maringá). Em resposta a essa ocorrência, o Ministério da Saúde reforçou as orientações para a vacinação contra a doença, principalmente para grávidas e crianças.

    Em Maringá, a imunização foi expandida para incluir todos os trabalhadores de berçários e creches, locais em que as crianças devem estar com o esquema vacinal em dia. A vacina também está disponível no calendário da vacinação infantil de rotina, além de gestantes e profissionais de saúde.

    A orientação neste momento é que todos os trabalhadores que atuam em berçários e creches, além das crianças do ensino infantil, tenham as carteirinhas de vacinação avaliadas.

    Os trabalhadores e responsáveis pelos alunos devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para avaliação da carteirinha de vacinação. Além da carteirinha de vacinação e CPF, é necessário que os trabalhadores apresentem comprovação do local de trabalho.

    A comprovação pode ser feita por meio de apresentação do holerite, se constar no documento a unidade de ensino em que o profissional trabalha, ou declaração emitida pela própria instituição.

    O risco da coqueluche é maior para crianças menores de um ano e, se não tratada corretamente, pode evoluir para o quadro grave e até mesmo levar à morte.

    Esquema vacinal

    Para crianças, a imunização da coqueluche ocorre por meio da vacina pentavalente (que previne contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B) e DTP (contra difteria, tétano e coqueluche).

    A primeira deve ser aplicada em três doses: aos dois, quatro e seis meses de vida. Já a DTP deve ser ministrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos.

    Gestantes e os profissionais da saúde devem receber a vacina dTpa (versão acelular da vacina contra difteria, tétano e coqueluche). No caso das gestantes, a vacina deve ser aplicada a cada gestação, a partir da 20ª semana, para que, com isso, forneça proteção também para os recém-nascidos.

    O imunizante está disponível nas Unidades Básicas de Saúde de Maringá. Confira o horário de vacinação em cada UBS neste link.

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