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O ambiente escolar deve refletir a realidade dos alunos; precisa combater o preconceito e a discriminação; e estimular o respeito às diferenças. É a conclusão das palestras, oficinas e debates ocorridos durante a realização do X Seminário Regional da Educação da Amusep.
O evento foi realizado nesta quarta-feira (26), no Auditório da Fundação Luzamor, em Maringá. Cerca de 200 servidores da Rede Municipal de Ensino das 30 cidades da área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense estiveram presentes.
Em relação ao ambiente, a “decoração” do pátio, refeitório e salas de aulas devem usar imagens semelhantes ao perfil dos alunos. Nas atividades e no material didático, é preciso mostrar que a cor da pele; o tipo e a textura do cabelo; e as características raciais compõem a diversidade brasileira e, em nada, interferem na capacidade intelectual e no desempenho de assimilação do aprendizado.
Reflexão
A coordenadora da Câmara Técnica da Educação da Amusep, secretária municipal de Atalaia, Ariani Vilhena de Paiva, destacou que o tema do Seminário Regional – “Educação para a Diversidade: Caminho para uma Educação para Todos” -, foi “oportuno” e as atividades proporcionaram “profunda reflexão”. As oficinas com a apresentação de boas práticas estimularam o surgimento de ideias. “Foi muito produtivo. Ampliamos os horizontes para termos uma educação mais inclusiva”, ressaltou.
Elogios
Elogiada pela maioria dos participantes, a organização do X Seminário ficou sob a responsabilidade da equipe da Secretaria Municipal de Educação de Maringá. A secretária Nayara Malheiros Caruzzo afirmou que tudo foi preparado para receber bem os participantes e para que o conteúdo apresentado pudesse ser aplicado de modo imediato nas escolas da Rede Municipal.
Para a chefe do Núcleo Regional de Educação de Maringá, Isabel Cristina Domingues Soares Lopes, a realização dos seminários é fundamental para o intercâmbio de experiências e multiplicar as boas práticas. O prefeito de Maringá, Ulisses Maia, declarou ser possível estimular o respeito às diferenças de forma lúdica, cognitiva, de acordo com os preceitos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Os exemplos apresentados no Seminário comprovam isso”, frisou.
Programação
Pela manhã, após a abertura oficial, a representante da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, Daniela Fabianne Faria Silva, disse que a formação continuada dos profissionais é fundamental para a rede pública oferecer uma Educação de qualidade. E que é preciso estabelecer estratégias para a participação ativa das famílias no dia a dia do aprendizado e alfabetização das crianças.
Racismo
Em seguida, a professora da Rede Municipal de Ensino de Maringá, Daniele Aparecida de Azevedo da Silva, falou sobre as “Reflexões sobre Hierarquia nas Relações Étnico-Raciais nos Primeiros Anos Escolares”. Ela apresentou vários exemplos de materiais e ações que contribuem para combater o racismo, evitar traumas e tornar as crianças mais seguras em relação ao comportamento delas, dos outros e da convivência em sociedade. “É na primeira infância, que formamos a nossa identidade, e a escola precisa oferecer um ambiente favorável para entendermos e aceitarmos as diferenças”, disse.
Boas práticas
O período da tarde foi dedicado a oficinas, com boas práticas. A professora Juliana Bueno Grizos de Carvalho, falou sobre “Educação para as Relações Étnico-Raciais e a Implementação da Lei 10.639: Atuação da Secretaria Municipal de Educação de Londrina e suas Possibilidades”. Na sequência, Diego da Silva Azevedo, mostrou “Práticas Inovadoras em Acesso à Cultura e Bens Artísticos”.
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