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As universidades estaduais de Londrina (UEL) e Maringá (UEM) estão mais uma vez na lista global das 2.000 melhores instituições de ensino superior, segundo o Center for World University Rankings (CWUR).
Na edição de 2024, a UEM subiu duas posições nas classificações nacional e global, e agora é considerada a 33ª universidade mais bem avaliada do Brasil. No ano passado a instituição ocupava a posição 35 nesse estrato. A UEM está classificada como 54ª da América Latina e 1.306ª do ranking geral. A UEL figura como a 38ª melhor do Brasil e 67ª melhor da América Latina. No global, a instituição aparece na posição 1.495.
Ao todo, foram avaliadas 54 instituições brasileiras, entre universidades e centros de pesquisas, em critérios como a qualidade da educação (25%) e do corpo docente (10%), a empregabilidade dos profissionais formados (25%) e o desempenho da pesquisa científica (40%). Foram analisadas 20.966 instituições de ensino superior de todos os continentes.
Ainda segundo a metodologia adotada pelo CWUR, o quesito qualidade da pesquisa, principal foco do ranking, engloba número total de artigos científicos, publicações em periódicos de primeira linha, publicação em periódicos de alta influência e citações de artigos com elevado número de citações.
Para a classificação, o CWUR utiliza dados de fontes públicas, como da Clarivate, empresa dos Estados Unidos que fornece o serviço Web of Science, uma plataforma online que reúne artigos e citações de todo o mundo; e da Elsevier, empresa da Holanda especializada em conteúdo técnico-científico, responsável pelo Scopus, uma base internacional de resumos e citações acadêmica.
Segundo o reitor da UEM, Leandro Vanalli, a educação superior e as universidades têm papel essencial no desenvolvimento de pesquisa e inovação. “A UEM está nesse cenário, fazendo a diferença na região Noroeste do Paraná, mostrando a importância dos investimentos na área de inovação tecnológica e no desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão”, afirma.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Mauro Sá Ravagnani, associa o destaque da instituição em rankings educacionais com a qualificação dos docentes. “O desempenho nesses rankings demonstra o investimento na capacitação de professores e em programas de pós-graduação, que reflete na qualidade do desenvolvimento da pesquisa, na formação de recursos humanos e em artigos acadêmicos”, explica.
Para o diretor de Pesquisa da UEL, Eduardo José de Almeida Araújo, é importante publicar a produção acadêmica em periódicos científicos qualificados. “Nossa política de pesquisa de pós-graduação tem incentivado a produção científica voltada para as revistas mais citadas pelos pesquisadores, o que acaba refletindo no resultado desses rankings, que consideram artigos desses periódicos”, afirma.
INVESTIMENTO
Em 2024, o Governo do Estado anunciou um orçamento recorde para o financiamento de projetos e programas estratégicos na área da ciência, tecnologia e ensino superior. Com aporte da ordem de R$ 708,9 milhões, o Paraná se destaca como o ente que mais investe em ciência no Brasil, considerando a proporção de universidades que integram a rede estadual. Os recursos são operacionalizados pelo Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, dotação administrada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
RANKING
Com sede nos Emirados Árabes Unidos, o CWUR fornece consultoria em educação e pesquisa para governos e universidades. O ranking acadêmico global começou em 2012 com cem instituições classificadas e foi ampliado em 2019, ano em que as duas estaduais paranaenses passaram a aparecer na lista. As 20.966 instituições analisadas neste ano representam 435 a mais que a edição anterior, cujo levantamento contemplou 20.531 instituições.
Além das universidades ligadas ao governo estadual, o Paraná aparece na lista de 2024 com as seguintes instituições de ensino superior: Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal Paraná (UTFPR) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
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