Reconhecida como “Cidade Verde”, Maringá receberá no próximo sábado (23) o botânico, paisagista e um dos principais especialistas em biodiversidade da fauna brasileira, Ricardo Cardim, que ficará três dias estudando o bioma maringaense. Ele conhecerá a flora nativa dos parques e reservas locais e definirá as espécies que irão compor o projeto paisagístico da nova região: Gleba Itororó.
As visitas serão acompanhadas por uma equipe técnica do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá (IPPLAM). A ideia é identificar e preservar as espécies nativas, eliminando o risco de espécies invasoras e sugerir, assim, um novo rumo ao paisagismo maringaense.
O botânico respeitado nacionalmente pelo método “floresta de bolso” (que recupera a flora nativa em pequenos espaços urbanos), visitará o Parque do Ingá, Parque Alfredo Werner Nyffeler (Buracão), Parque Palmeiras, Horto Florestal e o fundo de vale da futura Gleba Itororó – nova região que nasce planejada na cidade, focada no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas. Localizada no final da Avenida Itororó, a Gleba integra o novo zoneamento misto maringaense, aprovado por lei municipal, em setembro de 2023.
Ricardo Cardim é premiado com o Rethinking The Future Awards, como melhor paisagismo Casa Cor e diversos Master Imobiliário. O botânico tem um escritório autoral em São Paulo (SP), que conta com uma equipe de 45 profissionais e mais de 200 grandes projetos em andamento em todo o Brasil.
Cardim também traz no currículo experiências internacionais com os escritórios de arquitetura e urbanismo James Corner Field Operations (New York), Enea Landscape Architecture (Miami) e Terrain (Índia).
Defensor do paisagismo de aparência natural, Cardim respeita as formações nativas e as identidades das paisagens. Gosta de observar, conviver e compreender a paisagem natural e a biodiversidade nativa de diferentes regiões do país e é exatamente o que fará em Maringá, nas áreas verdes por onde irá passar.
Currículo
Ricardo Cardim é Mestre em Botânica pela USP. Recebeu em 2021 o Muriqui, um dos principais prêmios ambientais do país, cedido pela RBMA-UNESCO; a medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo em 2010, pelo descobrimento de reservas de cerrado nativo na metrópole.
É autor dos livros “Remanescentes da Mata Atlântica: As Grandes Árvores da Floresta Original e Seus Vestígios” (2018); finalista no Prêmio Jabuti na categoria Ciência, e “Paisagismo Sustentável para o Brasil: Integrando natureza e humanidade no século XXI” (2022), ambos pela Editora Olhares.
Foto: Reprodução / Projeto Draft
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