A árvore fica localizada a apenas três quadras de distância do Paço Municipal. Nos últimos três anos, ao menos nove protocolos foram registrados por moradores da região, que temem pela queda da árvore na avenida.
Por Vitor Germano
Apenas três quadras separam o Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, em Maringá, de uma árvore que aguarda remoção há, pelo menos, três anos. Desde janeiro de 2020, moradores denunciam o risco de queda da árvore, localizada na Avenida XV de Novembro, na altura do número 260.
Conforme moradores ouvidos pela reportagem, eles procuraram o município após notarem que a estrutura da mesma havia começado a pender. Segundo eles, a situação tem apenas piorado: atualmente, a árvore encontra-se inclinada para o lado, tendo entortado a calçada sobre suas raízes. Eles temem que ela possa cair a qualquer momento, especialmente caso haja outro temporal.
Ao menos nove protocolos foram registrados na Ouvidoria Municipal desde que o problema foi relatado pela primeira vez. De acordo com o Portal da Arborização, vinculado a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Selurb), o primeiro protocolo foi registrado no dia 9 de janeiro de 2020. Um laudo autorizando a remoção foi emitido no dia 18 de junho do mesmo ano.
No documento, um engenheiro florestal do município solicita a remoção, ‘por precaução’, de uma “tipuana de grande porte na avenida XV de Novembro por apresentar a copa desequilibrada e com inclinação do tronco”. Apesar da autorização, o pedido foi classificado como Prioridade 1, que comporta árvores com “incompatibilidade entre o porte atual da árvore e o espaço disponível”. Há outras duas categorias de prioridade que aparecem antes desta.
Enquanto aguardam a retirada da árvore pelo município, a comunidade local, incluindo colaboradores de lojas e moradores de um prédio residencial, tomaram atitudes por conta própria. Um banner pendurado na planta avisa sobre o risco iminente, além de cones de trânsito terem sido colocados na calçada e na vaga de estacionamento para advertir quem passa por perto.
Os moradores também alegam que os danos de uma eventual queda podem não ser apenas para os veículos ou pedestres. Além do risco de danos à rede elétrica, as raízes supostamente têm causado dano à infraestrutura de prédios próximos. O síndico de um prédio residencial próximo menciona uma infiltração na garagem do edifício, por conta de uma caixa de esgoto que teria sido danificada pelas raízes da árvore.
O Maringá Post entrou em contato com a Prefeitura de Maringá, que informou que a remoção da árvore entrará na programação para execução. O município também informou que, para o serviço, solicitou intervenção da Copel, já que a árvore está próxima a rede de alta tensão e há necessidade de desligamento da rede elétrica, com aviso prévio para os imóveis da região.
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