De Bebedouro a Sarandi: a história de Júlio Bifon, o primeiro prefeito do município paranaense

A vida política começou em 1976, quando se candidatou a prefeito de Marialva, mas não se elegeu.

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    Ao longo de 42 anos de emancipação, Sarandi foi administrada por seis prefeitos. O primeiro, logo após a emancipação do município, em 1981, foi Júlio Bifon. Paulista de Bebedouro, escolheu Sarandi como lar e, por meio da primeira eleição da história do município, foi eleito prefeito com quase 5 mil votos, sendo o primeiro a ocupar o cargo.

    A história do político nas terras paranaenses começa, definitivamente, em 1969, quando se casou com Maria Perez Bifon e passou a morar no então distrito de Sarandi, em casa construída em frente ao Colégio Estadual Olavo Bilac. Bifon foi um dos primeiros ter telefone. “Era muito caro. O valor da linha era equivalente a um carro”, lembra.

    A vida política começou em 1976, quando se candidatou a prefeito de Marialva, mas não se elegeu. Na sequência, participou do processo de demarcação do território de Sarandi e em 1982 elegeu-se como primeiro prefeito do município, elevando a essa condição um ano antes. Na eleição realizada no dia 15 de novembro, obteve 4.817 votos.

    Lembra-se que ao abrir as gavetas de um modesto escritório transformado em gabinete, não encontrou nada, situação emblemática da cidade que iniciativa sua história como município.

    “Entre tantas situações delicadas, talvez a pior era a educação. Os professores recebiam meio salário mínimo, além de lidarem com a falta de estrutura”, relata.

    O mandato, por conta do cancelamento das eleições de 1986, esticou até 1988, ou seja, 6 anos.

    Em 1992, Bifon disputou cadeira de deputado estadual, não se elegeu, mas a primeira suplência garantiu que exercesse o mandato por 2 anos. Em 1986 obteve o segundo mandato de prefeito, com mais de 12 mil votos. Desde o fim do mandato, em 2000, não disputou mais eleições.

    “Sarandi sempre foi lar de pessoas trabalhadoras, honestas, acolhedoras e hospitaleiras. Todos se prestigiavam e, acima de tudo, faziam da cidade um lar acolhedor para os novos migrantes. As pessoas cooperavam muito com a prefeitura e uns com os outros, os sentimentos de cidadania, comunidade e pertencimento eram fortes em todos’’, recorda-se Júlio Bifon.

    *Fonte: Prefeitura de Sarandi

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