Pedido ocorreu e já foi atendido após reunião do Conselho na segunda-feira (2), que contou com a presença de comerciantes da rua Santos Dumont. Ao Maringá Post, presidente do Conseg explicou quais são as atribuições da entidade.
Por Victor Ramalho
O Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg) pediu, junto às forças de segurança de Maringá, um reforço no policiamento da região central no período noturno. O pedido ocorreu após uma reunião do Conselho ocorrida na noite de segunda-feira (2), que contou com a participação de comerciantes da rua Santos Dumont que tiveram seus estabelecimentos saqueados nas últimas semanas.
A reunião contou com a presença do Secretário de Segurança Pública de Maringá, Ivan Quartaroli e do tenente-coronel Mildemberger, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar (PM) em Maringá. Tradicionalmente, os representantes das forças de segurança da cidade são membros permanentes do Conseg.
O pedido foi prontamente atendido. Desde segunda-feira (2), Polícia Militar e Guarda Municipal têm feito patrulhamentos ostensivos na região do centro para coibir a ação de potenciais saqueadores.
Desde abril, o Conselho de Segurança de Maringá tem um novo presidente. Trata-se do publicitário Fernando Alves dos Santos, que substituiu o coronel da reserva da Polícia Militar ex-comandante do 4º BPM, Antonio Tadeu Rodrigues, que comandava o órgão desde 2009.
O Conseg existe em Maringá há quase 40 anos. Em entrevista ao Maringá Post, Santos, que é voluntário na entidade há mais de uma década, explicou quais são as atribuições do Conselho.
“Nós funcionamos como um elo entre os comerciantes e as forças de segurança constituídas, como a Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, além claro das forças políticas, como Governos Municipal e Estadual, que são quem propriamente têm o poder de tomar as decisões. Toda nossa atuação ocorre em caráter voluntário e, diretamente falando, o Conseg não tem o poder de fazer decisões na área de Segurança Pública. No entanto, entendemos ser fundamental toda essa articulação”, conta.
As reuniões do Conselho de Segurança ocorrem semanalmente e são abertas para toda a comunidade. Atualmente, o órgão tem representantes definitivos de todas as forças de segurança que atuam em Maringá, além de membros voluntários do setor comercial. E o órgão tem acompanhado a situação da rua Santos Dumont.
Nos últimos dias, além da tradicional reunião do Conselho, representantes do Conseg também se reuniram com comerciantes da rua em uma reunião organizada pelos próprios empresários da região. O encontro, feito em uma padaria local, também contou com a presença de representantes da Secretaria Municipal de Segurança Pública, Polícia Militar e Polícia Civil. Na pauta, ações para inibir os furtos nas lojas da região, que se tornaram corriqueiros nas últimas semanas.
De acordo com Fernando, ações para inibir os furtos na região passam pelo aumento de efetivo da Polícia Militar, uma reivindicação que está na pauta da Sociedade Civil Organizada de Maringá há vários anos.
“Há uma defasagem no quadro da Polícia Militar não só de Maringá, mas em todo o Paraná. Há dados que mostram uma defasagem de ao menos 10 mil policiais no quadro do Estado, então essa é uma situação que afeta o policiamento. Temos clareza de que o 4º Batalhão, junto com as demais forças de segurança, cumpre o seu papel. Maringá tem bons indicadores na resolução de crimes, mas essa questão da prevenção demanda policiamento ostensivo, policiais nas ruas e isso só pode ser resolvido com o aumento de efetivo. Essa é uma luta de vários anos, não só do Conseg, mas também de autoridades políticas. É por isso que entendemos que essa articulação toda é fundamental”, explica.
Legenda: Polícia Militar e Guarda Municipal fazem policiamento ostensivo na região da Santos Dumont. Foto: Divulgação/Conseg
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