Atualmente, são mais de 3.900 árvores com laudo aguardando remoção na Cidade Canção. Na semana passada, município atendeu um protocolo aberto em março de 2009.
Por Victor Ramalho
Nos últimos dias, Maringá intensificou alguns serviços na área de arborização. Conforme mostrou o Maringá Post no dia 21 de setembro, a cidade tinha até aquele momento 23 árvores com pedidos de remoção catalogados como de Emergência, que significa “Risco de queda iminente” ou “risco de vida”, conforme descreve a Secretaria de Limpeza Urbana (Selurb) em seu site institucional.
Atualmente, são apenas 4 árvores nessa categoria, conforme consulta feita ao Portal da Arborização nesta terça-feira (3). Os outros 19 protocolos foram atendidos entre os dias 22 de setembro, um dia após a publicação da reportagem e essa segunda-feira, 2 de outubro, também conforme dados da Secretaria de Limpeza Urbana disponibilizados na aba “Protocolos Atendidos”.
No dia 25 de setembro, a Selurb atendeu o pedido que, até então, era o mais antigo da cidade na categoria Emergência: um protocolo de 30 de março de 2009, cujo laudo só foi emitido no dia 22 de julho de 2021.
Agora, o protocolo de Emergência para remoção de árvores mais antigo de Maringá é do dia 18 de agosto de 2014, pedindo a remoção de uma árvore na Rua Letícia de Paula Molinari. O laudo autorizando a remoção foi emitido apenas no dia 25 de setembro deste ano.
Após encerrar os protocolos de Emergência, o município terá ainda 1.715 protocolos de Urgência, classificados como “condição que tende a emergência sem atendimento rápido” para atender. Conforme consultado pela reportagem, três desses protocolos foram feitos em 2006 e outros 13 em 2007, mas até o momento não foram atendidos.
Prefeito prometeu zerar fila para remoção de árvores em 2023
Até a manhã desta terça-feira (2), Maringá tinha 3.929 pedidos de remoção de árvores já com laudo florestal aguardando remoção, além de cerca de 10 mil pedidos ainda aguardando vistoria, conforme o Portal da Arborização da Secretaria de Limpeza Urbana (Selurb).
Em abril, o prefeito Ulisses Maia (PSD) havia prometido, durante entrevista à CBN Maringá, que a cidade iria zerar a fila de remoção de árvores ainda em 2023. Aquela altura, Maringá tinha mais de 10 mil pedidos de poda ou remoção de árvores aguardando laudo e 3.598 já com laudo emitido pelos engenheiros florestais do município autorizando a remoção.
Faltando 91 dias para acabar o ano, a Cidade Canção precisaria remover 43 árvores por dia para cumprir a promessa. No entanto, conforme dados já apresentados pelo Maringá Post, com a atual força de trabalho o município faz, em média, 5 remoções diárias. Em todo o ano de 2022, por exemplo, foram 2.017 árvores removidas e, neste ano, 1.062 remoções no primeiro semestre, segundo dados do município fornecidos à reportagem.
Em agosto, o secretário de Limpeza Urbana, Paulo Gustavo Ribas, foi à Câmara de Maringá e deu um número mais próximo da realidade: prometendo que o município zeraria os protocolos de Emergência.
“A pedido do prefeito Ulisses Maia, nós vamos, nesse ano, zerar os protocolos de emergência da cidade. Nós teremos zero protocolos de emergência até outubro desse ano. Com isso, nós vamos conseguir entregar o mandato sem árvores com risco de queda laudados pelos engenheiros”, declarou Paulo Gustavo no dia.
Ao Maringá Post no mês de agosto, a Prefeitura de Maringá informou que, para dar celeridade ao processo, o município realizou a contratação de uma empresa terceirizada para auxiliar a Selurb nas remoções. Conforme o Executivo, o contrato, firmado via dispensa de licitação, tem duração de 3 meses e custou R$ 805.600, com a companhia atuando desde julho na remoção de árvores com parecer técnico na categoria “Emergencial”.
Ainda de acordo com a Prefeitura, a contratação permitiu que a Secretaria de Limpeza Urbana ampliasse a média diária de 5 para 15 remoções de árvores. O município já trabalha em um edital para a contratação de uma nova empresa após o término do contrato atual.
Foto: Arquivo/PMM
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