Na noite desse domingo (18), o assunto foi pauta de uma reportagem do “Fantástico”, da TV Globo. Desde que o caso se tornou público, outras mulheres procuraram a Delegacia da Mulher para fazer denúncias contra o profissional.
Por Redação
As investigações contra um ginecologista maringaense preso na última quinta-feira (15), acusado de ter abusado de pacientes durante atendimentos, ganhou repercussão nacional. Na noite desse domingo (18), o assunto foi pauta de uma reportagem exibida no “Fantástico“, da TV Globo.
Conforme a reportagem da Globo, ao menos 15 mulheres já procuraram a delegacia para denunciar o profissional, de 39 anos, sendo que algumas procuraram as autoridades após a repercussão do caso na imprensa. Até a última sexta-feira (16), eram cerca de 6 vítimas que haviam prestado depoimento.
A clínica do suspeito ficava localizada na Avenida Humaitá. De acordo com a Polícia, o profissional teria utilizado técnicas de hipnose nas vítimas para cometer os abusos. A maioria das vítimas relataram a mesma coisa nos depoimentos.
Uma das vítimas ouvidas pelo Fantástico é a psicóloga Fernanda Cassim. Ela relata que procurou o profissional por indicações de outras pacientes e que foi atraída pelo discurso do ginecologista de respeito às mulheres.
“Ele estava me examinando e ele tentou me estimular e eu imediatamente disse pra ele parar e ele dizia coisas, né? Ele dizia você precisa relaxar, ‘você precisa entender que o seu corpo pode te dar muito prazer’, e aí eu, imediatamente quando eu percebi que ele me estimulou eu imediatamente afastei ele e sentei na maca e disse que aquilo não era um exame ginecológico… e aí ele falou que eu precisava estar mais aberta, que eu tinha que quebrar muitos tabus ainda, que aquilo não era o posicionamento de uma mulher empoderada”, relatou ao Fantástico.
A TV Globo também conseguiu contato com, Leonardo Batistella, advogado que representa o médico. Segundo ele, as acusações feitas até o momento são “infundadas”.
“As alegações contra o meu cliente são infundadas e não condizem nada com o seu histórico profissional, no mais, todos os elementos da defesa serão apresentados durante o transcurso do processo judicial”, disse.
Conforme a Polícia Civil, as investigações começaram há cerca de 4 meses, após três mulheres terem procurado a Delegacia da Mulher para relatar os supostos abusos. Conforme o delegado responsável pelo caso, Dimitri Tostes, o médico só será interrogado após a equipe terminar de colher os depoimentos das vítimas.
Imagem Ilustrativa/Arquivo/Polícia Civil
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