Foto: Divulgação
O pedido de reconhecimento da Universidade Estadual de Maringá (UEM) no Conselho Federal de Educação iniciou-se em 10 de julho de 1975, por meio de um processo que reuniu uma vasta documentação de um grupo de trabalho, liderado pelo professor aposentado Argemiro Aluísio Karling, 1º coordenador do curso de Pedagogia na UEM. Ele protocolou o pedido de reconhecimento da instituição no Conselho Federal de Educação.
Para o ex-reitor Neumar Adélio Godoy (1978-1982), que apresentou, remotamente, a data de reconhecimento oficial da instituição, é um marco histórico para a ampliação do desenvolvimento da educação superior, no interior do estado. Na época do reconhecimento federal pelo Ministério da Educação (MEC), em 11 de maio de 1976, Rodolfo Purpur era o reitor (1974-1978).
Antes de sua fundação oficial, existiam em Maringá as seguintes faculdades isoladas: Faculdade de Ciências Econômicas (28 de agosto de 1959), Faculdade de Direito (21 de dezembro de 1965), Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (24 de dezembro de 1966), além do Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas (5 de novembro de 1969).
O reconhecimento federal chegou cerca de sete anos após a sua criação, autorizada por lei estadual, em 6 de novembro de 1969, por intermédio do então governador Paulo Pimentel. Por meio do Decreto 77.583/1976, o reconhecimento colocou a instituição em outro nível, já que a instituição tinha condições de ofertar cursos de graduação, além de ter a permissão de seu funcionamento pleno, como uma instituição de ensino superior, inclusive com expansão regional e consolidação de centros de ensino, departamentos e colegiados de cursos.
A universidade tem hoje mais de 15 mil estudantes matriculados em seus 70 cursos de graduação presenciais e a distância. Quase 82 mil novos profissionais formados em várias áreas do conhecimento. Entre os destaques de sua pós-graduação, mais de 40 especializações e residências, 55 cursos de mestrado e 29 de doutorado.
A expansão da UEM em outros territórios vai além do câmpus-sede, em Maringá, com mais seis câmpus regionais instalados no Paraná: Cianorte, Cidade Gaúcha, Diamante do Norte, Goioerê, Ivaiporã e Umuarama. No distrito de Iguatemi, a instituição mantém a Fazenda Experimental (FEI) com diversos projetos de ensino e extensão. Em Floriano, a UEM possui a Estação de Piscicultura, local de desenvolvimento de pesquisas e conhecimento prático, além da base avançada de pesquisas do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia), no município de Porto Rico. No câmpus-sede conta ainda com uma Editora (Eduem) e uma Estação Climatológica.
Na área da saúde, o atendimento gratuito para a comunidade externa da região é mantido, por meio do trabalho do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), do Hemocentro, da Clínica Odontológica, da Unidade de Psicologia Aplicada (UPA), do Laboratório de Ensino e Prática em Análises Clínicas (Lepac), da Farmácia Ensino e de outros setores que também funcionam para formação profissional dos estudantes universitários.
Ranking de Desenvolvimento
O percurso de conhecimento, o desenvolvimento científico e tecnológico ajudaram a UEM a trilhar o caminho de uma instituição de ensino superior conceituada no Brasil e no exterior, alcançando, por exemplo, posições de destaque em diversos rankings internacionais, como em abril de 2022, quando a instituição foi classificada como a 5ª universidade brasileira que mais contribuiu para a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Impact Rankings 2022, da revista inglesa Times Higher Education, que avaliou mais de mil e 400 universidades no mundo em relação aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). E, atualmente, como patrimônio científico, cultural e histórico de Maringá, levando o desenvolvimento para os municípios da região onde está inserida, a instituição, embora relativamente jovem, é apontada como a 23ª da América Latina, a 14ª melhor universidade do Brasil, 70ª na Ibero-América, 273º lugar entre os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e ocupa a posição de 1.132 no mundo. Ela foi classificada em todas as áreas de conhecimentos avaliadas.
Além disso, a instituição foi ranqueada entre as 10 melhores universidades do Brasil nas áreas de Ciência de Alimentos, Zootecnia e Zoologia, Química, Engenharia Mecânica e Matemática. No ano passado, a UEM conquistou o 2º lugar do Paraná, no levantamento do Scimago Institutions Ranking (SIR), da Espanha, para avaliar o desempenho da pesquisa, resultados de inovação e impacto social medidos pela visibilidade na web.
O reitor da UEM, Leandro Vanalli, acredita que a instituição impacta a vida de pessoas em diversas áreas de inovação e pesquisas de ponta, inclusive com mais de 650 projetos desenvolvidos por meio da iniciação científica e tecnológica. Ele citou, por exemplo, o ranking da Web of Science que aponta a UEM como a instituição de ensino superior estadual que mais realiza pesquisa no Sul do Brasil e a 5ª em âmbito nacional.
Vanalli comemorou a inciativa que permitiu à Universidade cumprir o seu papel de desenvolvimento regional e estadual, contribuindo com a formação de jovens profissionais e da pesquisa, extensão. “A sua relevância é notória como instituição pública, gratuita, de qualidade e de excelência, reconhecida hoje no mundo inteiro”, comemorou.
Neste dia, o qual marca o reconhecimento federal da UEM, o reitor também felicitou a comunidade, tanto acadêmica quanto a comunidade regional, onde estão instalados os câmpus regionais. “Estamos cumprindo a nossa missão que é multiplicadora no ensino, pesquisa e extensão e na área de prestação de serviços”, argumentou.
Para a vice-reitora, Gisele Mendes, a Universidade demonstra a sua relevância, enquanto instituição, pelo seu reconhecimento federal. Ela parabenizou a UEM que, a partir dessa iniciativa, vem se consolidando nesses 47 anos, inclusive na área de Direito e nos cursos de graduação em seis campus regionais.
Ela frisou ainda que a UEM teve um avanço significativo na área de saúde, a partir da década de 80, com a criação do Hospital Universitário (HU), além dos cursos de Medicina e Odontologia e todos as demais áreas afins. Mendes ainda citou que, na década de 90, a instituição tornou-se cada vez maior com as engenharias e cursos nas áreas de exatas e, a partir do ano 2000, com cursos de Ciências Humanas, Letras e Artes. “Um período marcante da consolidação que deve ser comemorado”, concluiu.
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