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A Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM) completará, nesta semana, 70 anos, numa trajetória que está intrinsecamente relacionada ao desenvolvimento regional. Para celebrar a data, será realizado em 14 de abril, às 19h, evento no Paraná Expo que marcará também a posse festiva dos mais de 500 integrantes da gestão 2023-2024. Sob a presidência de José Carlos Barbieri, serão empossados os integrantes dos seis conselhos da entidade: Administração, Superior, ACIM Mulher, Copejem, Conselho do Comércio e Empreender. Também vão receber posse a diretoria do Instituto Mercosul, Instituto ACIM, Instituto Cultural Ingá e Cacinor.
A cerimônia será prestigiada por mais de mil pessoas, inclusive senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, presidentes de entidades e de associações comerciais.
No cargo desde 13 de janeiro, Barbieri assumiu a presidência de uma entidade que é uma das maiores do gênero do país, com mais de 5 mil associados e 80 núcleos do Empreender, um programa que une micro e pequenos empresários em núcleos e é um dos maiores da América Latina. Ele é reitor do Centro Universitário Cidade Verde (UniCV) e diretor-geral do Colégio Axia. É mestre em Promoção da Saúde, tem MBA Executivo em Gestão Empresarial, Especialista em Marketing, graduado em Farmácia e em Ciências com Habilitação em Biologia. Foi presidente do Sinepe/NOPR por quatro gestões e do Codem em 2022. Anteriormente, o cargo foi ocupado por Michel André Felippe Soares.
Entre os projetos da nova gestão estão aumentar o Programa Empregar; implantar a Câmara de Conciliação e Arbitragem; ampliar o atendimento aos associados do Inovus, aproximando-os do ecossistema de inovação de Maringá.
História da ACIM
Fundada em 12 de abril de 1953, a ACIM surgiu quando o município tinha quase seis anos. Logo após a fundação, impetrou um mandado de segurança contra a prefeitura e impediu o aumento de tributos municipais. A entidade também reivindicou a instalação de Agências de Telégrafos, Coletoria Federal, Banco do Brasil e Usina Diesel Elétrica, que serviço de modelo para a criação da Copel.
Na década de 60, marcada pela ascensão dos militares ao poder e por transformações culturais e sociais, a ACIM se fortaleceu e ganhou influência política. Manteve diálogo com o governo e fez reivindicações para a região, com melhorias em estradas e na rede de energia elétrica. Foi a primeira associação comercial do Paraná e a segunda do país a montar o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em 1962. Foi nessa década que ganhou sede própria.
Na década seguinte, em 1970, período do êxodo rural, a Associação Comercial foi uma das incentivadoras da criação de um parque industrial em Maringá e esteve presente em discussões que ajudaram a melhorar o trânsito e diminuir os riscos da linha férrea. Também integrou uma comissão, montada pela prefeitura, para concluir a obra da Catedral.
Nos anos 1980, de redemocratização, a entidade realizou protesto que teve repercussão nacional por causa da alta inflação. Foi naquela década que a sede foi demolida para a construção de um prédio maior e foi realizada a primeira campanha para fomentar as vendas do comércio local.
Com o bloqueio das poupanças de pessoas físicas e jurídicas, a ACIM foi demandada para orientações na década de 90, assim como organizou abaixo-assinado pedindo desconto no IPTU e nas taxas sobre serviços, o que deu origem a um anteprojeto de emenda popular, que foi aprovado pelos vereadores. Foi naquele período em que houve mobilização para traçar o futuro de Maringá, culminando no movimento Repensando Maringá e depois dando origem ao Codem.
Nos anos 2000, ampliou os serviços, implantou um instituto de responsabilidade social e ajudou a criar a ONG Sociedade Eticamente Responsável (SER), que deu origem ao Observatório Social de Maringá, especializada em acompanhar licitações públicas. Foi naquele período que o Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg), o primeiro do gênero no país, reativado devido ao aumento da insegurança.
Desde a década de 2010 a entidade tem participado de debates e mobilizações, como campanhas contra a dengue e manifestações contra a impunidade. Também se tornou referência em associativismo, recebendo centenas de visitantes de todas as regiões do país para conhecer o modelo bem-sucedido de interação entre sociedade civil organizada e poder público. Tem ampliado ainda o número de cursos e palestras, incentivado a inovação e o desenvolvimento regional, por meio do custeio de projetos como o da duplicação da rodovia entre Maringá e Iguaraçu, que está em obras pelo governo estadual.
Galeria de presidentes
Américo Marques Dias (1953-55), Murilo Macedo (1956), Alfredo Moisés Maluf (1957), Odwaldo Bueno (1958), Ermelindo Bolfer (1959), Manoel Mário de Araújo Pismel (1960-61 e 1964-65), Emilio Germani (1962-63), Victor Ivo Assmann (1964), João de Faria Pioli (1966), Rodolfo Pupur (1967), Ermelindo Bolfer (1968), Joaquim Dutra (1968-69), Ubirajara de Araújo Pismel (1970-71), Ermelindo Bolfer (1972-73), Luiz Júlio Bertin (1974-75), Álvaro Miranda Fernandes (1976-77), Sidney Meneguetti (1978-79), Josuan Piassi de Moraes (1980), Atair Niero (1980-81), Raymundo do Prado Vermelho (1982-83), Fernando Henriques (1984-85), Alcides Siqueira Gomes (1986-87), Carlos Mamoru Ajita (1988-89), Fernando Henriques (1990-91), Massao Tsukada (1992-93), Pedro Granado Martines (1994-95), Hélio Costa Curta (1996-97), Jefferson Nogaroli (1998 a 2001), Ariovaldo Costa Paulo (2002 a 2005), Carlos Tavares Cardoso (2006-07), Adilson Emir Santos (2008 a 2011), Marco Tadeu Barbosa (2012-2016), José Carlos Valência (2016-2018), Michel André Felippe Soares (2018-2023)
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