Uma empresa de Marília, que já opera o serviço em Londrina e Toledo, será a responsável pela informatização do sistema de pagamento do estacionamento rotativo em Maringá. A partir de maio, usuários poderão fazer os pagamentos via aplicativo.
Por Victor Ramalho
Maringá se prepara para que, em aproximadamente 60 dias, o atual sistema de pagamento do Estacionamento Rotativo (EstaR) seja completamente substituído pela modalidade digital. No dia 2 de março, o município assinou um contrato com a DSIN Tecnologia da Informação, empresa de Marília-SP que venceu a licitação para a informatização do sistema na cidade.
Por contrato, a prestadora de serviços deverá implementar um software que permita que os usuários realizem o pagamento do EstaR por meio de um aplicativo, que será disponibilizado de maneira gratuita. Quem não tiver celular, poderá fazer o pagamento em totens de autoatendimento. A expectativa é que o atual modelo, com cartões de papel, deixe de existir.
Atualmente, agentes da Secretaria de Mobilidade Urbana de Maringá (Semob) fazem a gestão do EstaR em aproximadamente cinco mil vagas de estacionamento na região central da cidade. Em entrevista ao Maringá Post, o secretário de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur, explica que a informatização do sistema era uma demanda antiga e que ajudará no trabalho dos agentes.
“É uma demanda antiga. O atual sistema é antiquado, tendo em vista que quase tudo hoje é digital. Nós já tínhamos essa pretensão de substituir o sistema há algum tempo, mas como os processos licitatórios são demorados, conseguimos só agora. O sistema digital nos ajudará a ter uma maior efetividade do serviço, garantindo a rotatividade e diminuindo a evasão de motoristas que estacionam sem usar o cartão”, explica.
A licitação do EstaR Digital foi aberta em maio de 2022. Inicialmente, o município estava disposto a pagar até R$ 2,8 milhões pelo processo, que teve cinco empresas interessadas. A prestadora de serviços vencedora, que já opera o sistema nas cidades de Londrina e Toledo, apresentou uma proposta de R$ 820 mil, que incluem a instalação da rede lógica e também de 75 totens de autoatendimento e diversos pontos da cidade. A empresa foi aprovada em uma prova de conceito estabelecida pelo município em fevereiro deste ano. Os locais de instalação serão definidos pelo município e a expectativa é que o aplicativo seja o mesmo já usado em outras cidades do Paraná.
“É um sistema moderno. A pessoa baixa o aplicativo, insere os créditos, que podem ser pagos por PIX ou cartão de crédito e cadastra os veículos que ela quer utilizar a partir da placa. Assim, quando ela estacionar, abre o aplicativo e faz o lançamento. A partir daí, começa contar as duas horas de estacionamento. Quando estiver perto do prazo, o sistema irá emitir um alerta para a pessoa. Se ela precisar deixar o veículo na vaga por mais tempo, poderá fazer o acionamento no próprio app e, posteriormente, terá até 15 dias para regularizar a situação junto a Semob”, afirma o secretário.
Melhorias serão observadas após a implantação
Inicialmente, o contrato com a empresa de Marília será por 1 ano, podendo ser prorrogado por até 5 anos.
Ainda segundo o secretário, a fiscalização do sistema continuará a parte do município. Atualmente, são 80 fiscais de trânsito espalhados pela cidade, mas com o novo contrato, eles também ganharão um reforço no monitoramento: dois veículos equipados com câmeras de leituras de placas, que farão a análise de todos os veículos estacionados na cidade, em busca de irregularidades.
Caso a câmera identifique um automóvel estacionado além do tempo permitido ou sem o uso do EstaR, uma notificação será feita ao agente de trânsito mais próximo, que irá realizar a autuação. Se o resultado for positivo, Maringá poderá estudar uma ampliação das áreas de estacionamento rotativo na cidade.
“Isso vai melhorar o trabalho dos agentes e o nosso. Com o sistema atual, temos muitos casos de evasão, pessoas que estacionam sem fazer o pagamento do EstaR e conseguem ir embora. Com o novo sistema digital, conseguiremos fazer um monitoramento de uma área muito maior. Se for o caso, poderemos inclusive estudar a ampliação das áreas do EstaR em Maringá de forma gradativa”, disse Purpur.
Imagem Ilustrativa/Arquivo/PMM
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