Em busca de solução para o grave problema da insegurança na região central de Maringá, foi realizada nesta terça-feira, 31, uma reunião na sede administrativa do Sindicato dos Bancários, com a presença das autoridades de segurança, Prefeitura, Câmara Municipal, assistência social, OAB, Associação Comercial (Acim), Conselho de Segurança (Conseg), associação de moradores, comerciantes, prestadores de serviço, profissionais liberais e trabalhadores.
“A reunião foi extremamente importante. Incialmente, tínhamos por objetivo tratar da insegurança no centro da cidade, mais especificamente nas imediações da praça Raposo Tavares, Terminal Urbano, Avenida Getúlio Vargas e Brasil, no entanto, avançou para outras regiões e bairros”, aponta o presidente do Sindicato, Claudecir de Souza, que conduziu o encontro.
A preocupação central é com o aumento do consumo e tráfico de drogas nesta região, roubos, assaltos, aliciamento, prostituição e outras situações, que levam medo e insegurança para todos que vivem, possuem seu negócio, trabalham ou transitam por este espaço. Há nesta área, inclusive, agências bancárias, o que coloca em risco tanto clientes como os trabalhadores bancários.
MINI CRACOLÂNDIA?
Segundo o presidente, após a reunião, que durou mais de três horas, ficou bastante claro que tem de haver o envolvimento de toda a sociedade, seja a sociedade civil organizada, prefeitura e suas secretariais, as polícias civil, militar, ministério público e todos os entes que fazem parte da cidade.
“É importante que todos estejam engajados, participem, pois somente assim conseguiremos tirar a cidade da situação em que ela se encontra, pois se não for feito nada vamos vivenciar e presenciar uma mini cracolândia aqui em Maringá. A situação está bastante grave, o efetivo policial é pequeno diante do crescimento populacional, e os órgãos municipais, estaduais e federais não avançaram na mesma proporção”, relata o presidente.
MAIS POLICIAMENTO
De imediato, ficou definido na reunião que a Polícia Militar e a Guarda Municipal irão trabalhar em conjunto no centro da cidade, com presença efetiva, coibindo todo esse tipo de delito que acontece nestas imediações, garantido segurança aos trabalhadores, estudantes, comerciantes, agências bancárias e todos aqueles que circulam por esta área. Terão inclusive o suporte do módulo móvel policial.
“Outras ações, com efeito mais a médio e longo prazo, serão discutidas nas próximas reuniões, que irão acontecer em data a ser agendada”, frisa o presidente do Sindicato.
Para isso, foi criado um grupo de trabalho, com representantes das entidades presentes, para condução das discussões. Dentre essas medidas, que precisam de maior aprofundamento está a revitalização da praça Raposo Tavares e arredores, com melhor iluminação, retirada de muretas e outros pontos utilizados para consumo de drogas, instalação de mais câmeras de segurança, elaboração de programas mais efetivos de acolhimento de moradores de rua e recuperação de viciados em drogas, apoio à campanha contra doação de esmolas, projeto para concentrar em um único lugar programa para tratamento contra as drogas, inclusão de pesquisadores das faculdades neste contexto, disponibilização de cursos alternativos e profissionalizantes para essas pessoas de rua, rediscutir campanhas que enaltecem a cidade como melhor para se viver, dentre outras.
AUTORIDADES PRESENTES
Estiveram presentes, dentre as autoridades, o presidente da Câmara Municipal, Mário Hossokawa, vereador Luiz Alves, representante da OAB Maringá Fúlvio Stadler Kaipers, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, major José Renato Mildemberg, secretário de Segurança Pública, Ivan Quartaroli, presidente do Conseg, Antônio Tadeu Rodrigues, Daniel Chicareli, representando a SASC, Ednaldo Leandro Serrato, da Polícia Civil, José Carlos Pacífico, representante do deputado Homero Marchese, Cesar Eduardo Misael de Andrade, representando a Acim, José Augusto Machado, presidente da Associação de Moradores da Zona 7, e Márcia Maciel de Campos Oliveira, presidente da Associação da Zona 2.
Foto: Divulgação
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