Após e-mail denunciando possível superfaturamento no show do Raça Negra em Maringá, enviado pela vereadora Cris Lauer, o Ministério Público instaurou inquérito civil para investigar o caso e oficiou a Prefeitura de Maringá e também o grupo musical, que fez um show na Virada do Ano 2022/2023 custando R$ 550 mil aos cofres públicos.
O caso foi parar na 20ª Promotoria de Justiça da Comarca de Maringá – Proteção ao Patrimônio Público, e a Notícia de Fato instaurando o inquérito civil do Ministério Público do Estado do Paraná é assinada pelo promotor de Justiça Leonardo da Silva Vilhena, com data de 13 de janeiro de 2023.
O promotor determinou, ainda, cópias da reportagem anexada no e-mail da vereadora, veiculada na Revista Istoé, com o seguinte título “Justiça suspende shows de Israel & Rodolffo, Raça Negra e Leonardo por
‘indícios de superfaturamento’”. Por fim, exigiu da empresa contratada a agenda completa de shows da banda Raça Negra durante os anos de 2021 e 2022.
Shows mais baratos
No dia 18 de dezembro de 2022, a banda Raça Negra fez show em Ortigueira (a 170km de Maringá), e cobrou R$ 260 mil, menos da metade dos R$ 550 mil cobrados em Maringá. Também em dezembro do ano passado, o Raça Negra cobrou R$ 280 mil por um show realizado em Ilhabela, em São Paulo. Em julho do ano passado, o cachê do Raça Negra foi de R$ 330 mil para um show no município de Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso.
Por meio de nota, a Prefeitura de Maringá informou que enviará toda a documentação solicitada ao Ministério Público. À época do show do Raça Negra em Maringá, o secretário de Cultura Victor Simião justificou o alto valor do show da virada do ano de Maringá dizendo que há três modelos de shows, tendo a prefeitura contratado o modelo mais completo e mais caro. O acréscimo no valor também seria justificado em decorrência da data escolhida, o feriado de Ano Novo.
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