Reitor da UEM diz que orçamento de R$700 milhões não é suficiente para a universidade

O dinheiro não tem sido suficiente para os investimentos necessários, diz o reitor. A retomada das obras paralisadas custará em torno de R$100 milhões.

  • Neste ano, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) contou com eleições para mudança de gestão. A chapa vencedora foi a composta por Leandro Vanalli (reitor) e Giselle Mendes (vice-reitora). Os gestores sucedem Júlio César Damasceno e Ricardo Dias Silva, que assumiram a gestão de 2018 a 2022.

    O Maringá Post conversou com o atual reitor sobre os desafios para a universidade em 2023. Confira abaixo este e outros detalhes sobre os planos da gestão.

    Orçamento

    Antes de falar sobre os desafios propriamente ditos, é importante levantar que a UEM conta com um orçamento de R$700 milhões, de acordo com o reitor. O valor inclui folha de pagamento.

    O orçamento de custeio é de R$30 milhões.

    O dinheiro, revela, não tem sido suficiente para os investimentos necessários. Só para a retomada das obras paralisadas, o orçamento será em torno de R$100 milhões.

    Desafios

    Leandro Vanalli diz que a Universidade é um tema complexo, dada a dimensão dela. Um dos desafios que a gestão busca vencer é a abertura do Restaurante Universitário (RU) no período do jantar.

    Esta, diz o reitor, é a prioridade da gestão.

    Vanalli afirma que também buscam a conclusão e a retomada de obras paralisadas na instituição, como as dos blocos I24 (história, ciências sociais) e C90 (engenharias) e o Centro de Eventos.

    A gestão está preparando projetos e orçamento para obtenção de recursos com o objetivo de retomar as obras.

    A divulgação de cursos menos conhecidos, que apresentam procura baixa, como os de Serviço Social (Ivaiporã), Design (Cianorte) e Física (Maringá), por meio de uma boa divulgação pelos canais de comunicação, também está nos planos.

    Abertura de cursos

    A UEM, conta Vanalli, está sempre pronta para abrir novos cursos. O capital intelectual permite a construção de projetos pedagógicos, contudo, a adição destes cursos depende da demanda regional, política, social e da autorização do governo.

    Não há, no momento, discussões sobre a ampliação de vagas nos cursos atuais.

    Bolsas

    As bolsas da pós-graduação não estão sob a tutela da UEM, mas sim da Capes, do CNPq e da Fundação Araucária.

    O valor das bolsas internas é baseado nos valores das bolsas externas, Quanto maior a receita e a contribuição do Estado, maior o valor das bolsas.

    A UEM conta com a modalidade de bolsa trabalho, financiada com recursos da própria universidade. Os projetos geram receita e, a partir dela, é feita a administração interna dos investimentos.

    Entre os investimentos, está a oferta de bolsas com recursos próprios. O aumento da receita gera mais bolsas.

    Permanência dos estudantes na universidade

    Uma das metas da gestão é aumentar os valores que são destinados à permanência dos estudantes na universidade por meio de bolsas e concessões de certos tipos de gratuidade, como a do Restaurante Universitário (RU).

    Quanto à questão das moradias, o reitor conta que a universidade vem realizando estudos que permitirão saber quantos alunos da UEM precisarão de moradias financiadas pela própria instituição e pelo Estado.

    Foto: Assessoria de Comunicação Social (ASC) – UEM

    Atualizado às 13h44min de 12/01/2023

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