Desde julho, os Agentes de Combate às Endemias (ACEs) da Secretaria de Saúde utilizam tablets durante as vistorias nos imóveis, para registro e centralização de dados. Em três meses, cerca de 117 mil imóveis já foram cadastrados no aplicativo, incluindo residências, empresas, terrenos, comércio e outros.
O município entregou 190 tablets e realizou treinamento com os profissionais, com aulas teóricas e práticas. O novo sistema otimiza os atendimentos em campo, de acordo com o secretário de Saúde, Clóvis Melo.
“Em um primeiro momento, nossos agentes realizam o cadastro dos imóveis no sistema e, depois, quando retornam para uma nova fiscalização, conseguem fazer a verificação de forma mais ágil. Em Maringá, temos mais de 200 mil imóveis cadastrados. Os agentes também trabalham aos sábados, voltando nos endereços que estavam fechados durante a semana, para que todos sejam vistoriados. Com ajuda da tecnologia, nossa atuação no combate à dengue vem acontecendo de forma ágil”, explica o secretário de Saúde, Clóvis Melo.
Além da agilidade que os tablets trouxeram nas visitas, o sistema também contribui com o armazenamento de informações em um único banco de dados, tornando-o mais completo e disponível para consultas na Secretaria de Saúde. Nas residências, os agentes vistoriam possíveis focos de dengue e orientam a população sobre os cuidados necessários.
Com o aumento das chuvas, é necessário redobrar os cuidados, como explica o gerente de Zoonoses, Eduardo Alcântara. “Até o momento, os casos de dengue em Maringá não apresentam padrão de surtos localizados, muito menos epidemia. Mas sabemos que é possível uma incidência maior de casos em decorrência do volume de chuvas. Além disso, o mosquito consegue se adaptar às variações climáticas”, frisa.
Outra ação de combate à dengue é o monitoramento dos casos por georreferenciamento para identificação precoce dos surtos, identificando os locais onde há maior índice de casos na cidade, contribuindo para que as atividades nestas áreas sejam intensificadas. Um exemplo de ações focadas em regiões específicas são os mutirões, em parceria com a Secretaria de Limpeza Urbana (Selurb). A ação, feita em duas etapas, inclui a orientação e instrução sobre o descarte correto de materiais que acumulam água e o recolhimento de materiais que acumulam água. As atividades de conscientização são realizadas também em escolas e empresas.
Além disso, a Secretária de Saúde, em parceria com as secretarias de Assistência Social (SAS) e Limpeza Urbana (Selurb), promove ações nas residências de pessoas acumuladoras e recicladoras autônomas. A gestão municipal também atua na fiscalização de imóveis abandonados e os que possuem piscinas não conservadas, conforme demandas da população via Ouvidoria Municipal.
DENÚNCIAS – Para denunciar possíveis focos do mosquito da dengue, a população deve entrar em contato com a Ouvidoria Municipal por meio do telefone 156, aplicativo ′Ouvidoria 156 Maringá′ ou site da Prefeitura. A denúncia pode ser feita de forma anônima.
Entre as medidas para evitar focos da dengue estão: limpar os terrenos dos imóveis, livrando-se de objetos que acumulam água; manter as calhas desobstruídas e livres de folhas e galhos; colocar areia nos vasos das plantas; higienizar recipientes que armazenam água, entre outros.
AGENTES – Durante as vistorias, os Agentes de Combate às Endemias (ACEs) de Maringá utilizam uniformes estampados com a sigla ′Controle da Dengue – Maringá′, além de crachás com nome completo e matrícula. Se houver dúvidas, a população pode ligar para o número (44) 3218-3183 e informar os dados do agente.
SINTOMAS DA DENGUE – Entre os sintomas da dengue estão febre alta (acima de 38,5ºC), dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo.
“Entre o terceiro e o sétimo dia do início dos sintomas, a maior parte dos pacientes começa a se recuperar, no entanto alguns podem evoluir para a chamada ′dengue com sinais de alarme′. Caso surjam manifestações hemorrágicas espontâneas, como sangramento nasal ou gengival, é necessário procurar atendimento médico imediatamente”, explica a gerente de Epidemiologia, Maria Paula Botelho. Foto: PMM
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