A falta de ética no mercado imobiliário

O Delegado do CRECI Regional de Maringá, Junzi Shimauti, elencou alguns motivos que podem levar um corretor a faltar com a ética.

  • É comum que pessoas não saibam sobre a existência de um órgão fiscalizador do mercado imobiliário. O Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (CRECI-PR) assume a responsabilidade de cuidar desta atividade. Esta matéria procura sanar dúvidas quanto ao assunto e ensinar mais sobre um órgão que talvez não seja tão conhecido no estado.

    O Delegado do CRECI Regional de Maringá, Junzi Shimauti, elencou alguns motivos que podem levar um corretor a faltar com a ética. Às vezes, ele diz, há o desconhecimento de tais normas pelo corretor, a pessoa pode não estar inteirada quanto ao assunto. Há, também, a possibilidade do corretor simplesmente não se preocupar ou não ter aprendido devidamente os próprios deveres enquanto profissional credenciado pelo Conselho. Outro problema pontuado pelo delegado é que nem sempre uma determinada pessoa saberá a categoria que a representa, algo que ele mesmo tem alertado aos corretores.

    Shimauti nos contou que há um ritual de formação previsto por lei para a entrega da diplomação pessoal aos futuros profissionais. Após isso, quem escolher exercer a atividade deve se cadastrar e pagar uma anuidade. Aqueles que decidirem por não seguir a profissão não serão cobrados. O CRECI dá ao corretor o direito de atuar em todo o estado do Paraná. Para atuar em outro estado, é necessário pagar uma anuidade diferente. Há, também, a possibilidade de atuar em dois estados diferentes — neste caso, serão cobradas duas anuidades.

    Além disso, tal credencial é obrigatória para exercer a profissão. Quem decidir atuar sem ter o credenciamento do CRECI estará irregular na profissão, diz o delegado.

    Junzi Shimauti ressalta: a categoria que representa os corretores é o CRECI. O Conselho é responsável por orientar e fiscalizar a profissão. O Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis (SECOVI) representa as imobiliárias, é um sindicato patronal. Outro sindicato que entra em jogo é o Sindicato dos Corretores de Imóveis (SINDIMÓVEIS), responsável por defender exclusivamente a categoria dos corretores. É ele o responsável por defender as pessoas em exercício de tal função.

    Desta forma, quando o consumidor se sentir lesado ou verificar alguma situação estranha, as denúncias devem ser encaminhadas ao CRECI. Isto pode ser feito pelo site, no qual é necessário se identificar, ou de forma anônima pela ouvidoria. Para isso, deve-se ter em mãos as provas de que um crime foi cometido.

    Há a possibilidade de informar que há algo de errado acontecendo e realizar um pedido para que uma determinada situação seja fiscalizada. Em caso de dúvidas, contatar o delegado Junzi Shimauti: (44) 9 9125-0365 ou (44) 3221-4500.

    Em Maringá, há mais de 300 imobiliárias e mais de 2 mil corretores. Nem todos seguem a linha de conduta estabelecida pelo (CRECI). Muitas empresas não seguem uma linha correta. É o que afirma Luiz Carlos Lyra, Gestor de Negócios da Central Imob. Entre os valores promovidos pelo código de ética do CRECI, estão o respeito e a solidariedade entre os colegas profissionais, a lealdade, a probidade e a defesa dos direitos da classe.

    A Central Imob, ele diz, reúne 29 imobiliárias e se preocupa imensamente com a qualidade e a história das empresas. Por conta disto, existe um filtro: além de ter história, a empresa deve ser tradicional, ter estrutura física e corretores credenciados pelo CRECI. Assim, afirma Lyra, será possível conferir segurança ao consumidor na hora de comprar, alugar e vender um imóvel.

    Para mais informações, consulte o perfil no Instagram e o site oficial do CRECI-PR.

    Foto: Tumisu por Pixabay.

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