A iniciativa, fruto da parceria do Samu com a Prefeitura de Maringá, Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Consórcio Público Intermunicipal de Gestão da Amusep (Proamusep) e o Hemocentro Regional, é pioneira no Brasil no atendimento aéreo com protocolos europeus de segurança. O novo recurso traz ainda mais agilidade nos atendimentos e resulta em mais vidas salvas.
Nos últimos seis meses, mais de 50% das vítimas atendidas sofreram acidentes graves e poderiam ser enquadradas no protocolo de transfusão de sangue no local da ocorrência. O coordenador do Samu Norte Novo, Maurício Caetano, explicou que o novo serviço é um fator decisivo para a sobrevivência do paciente. “Antes, era necessário levar esse paciente até o hospital, o que poderia durar até 60 minutos. Agora conseguimos atender ele ali no local mesmo, dentro das ferragens de um acidente, se for o caso.”
Para o coordenador médico das operações áreas do Samu, Maurício Lemos, os estudos mostram que a transfusão rápida de sangue nos casos de hemorragia representa menos tempo de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), maior sobrevida dos pacientes e menor possibilidade de sequelas. O Samu de Maringá é o primeiro do Brasil a adotar o padrão europeu, com transfusão de concentrado de hemácias de sangue tipo O negativo, que representa mais segurança ao procedimento, no serviço aéreo.
Maurício Caetano reforçou a importância da doação de sangue, principalmente O negativo, para a realização do serviço. Ele também destacou a importância das parcerias com a Prefeitura, Secretaria de Estado da Saúde e o Proamusep para que a iniciativa pudesse ser colocada em prática. O novo serviço faz parte do esforço de quase três anos das equipes do Samu para preparar a base do serviço de operações aéreas dentro dos protocolos internacionais para recebimento das bolsas de sangue e transporte na aeronave.
Na base aérea do Samu no Aeroporto Regional de Maringá, foi montada a sala de hemocomponentes, onde a bolsa de sangue fica armazenada. O processo conta com uma caixa especial para transporte do sangue, capaz de manter o sangue em temperatura adequada que varia de 2°C a 6°C. Conforme os padrões de rastreabilidade, a bolsa de sangue e a aeronave são monitoradas por sistema de controle via aplicativo, GPS e todos os pacientes são transportados para a mesma unidade hospitalar, o Hospital Universitário da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Para manter os protocolos de refrigeração, as bolsas que não forem utilizadas serão devolvidas ao Hemocentro Regional de Maringá sempre às quartas-feiras. O material não será descartado, já que os hemocomponentes seguem dentro do prazo de validade e poderão ser utilizados em outros pacientes. Foto: PMM
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