A startup Smart Research Laboratory (SRL), criada por professores e alunos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), desenvolveu um sistema de automação com comando de voz para quartos hospitalares. O projeto piloto está instalado no setor de isolamento da nova ala de internação adulta do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM).
Atualmente o sistema permite, com a utilização de uma assistente virtual, que o paciente possa ligar ou desligar as luzes, o chuveiro e a torneira da pia, usando apenas a voz. Além disso, também é possível a comunicação, por meio de uma chamada de vídeo, entre o paciente e equipe de saúde que esteja em outro local.
O sistema é pioneiro no Paraná e o HUM é o primeiro hospital da rede pública estadual a receber este tipo de tecnologia. Atuaram em seu desenvolvimento quatro professores e seis acadêmicos da graduação e pós-graduação e mais dois profissionais de engenharia participantes do Programa de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O objetivo é ser instalado, até no próximo ano, em 20 quartos do hospital, por meio de um projeto financiado, numa parceria entre os cursos de engenharias (civil, mecânica e elétrica) da UEM e Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão e Assessoria na Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde do HUM, com a previsão da automação de outros equipamentos como ar-condicionado e leito.
Benefícios
Em um ambiente onde há muita rotação de pessoas, como um quarto de hospital, a realização de tarefas sem a necessidade do toque é importante no aspecto microbiológico, pois evita possíveis contaminações. Além disso, o comando por voz garante a autonomia do paciente que possui alguma limitação física, como andar ou movimentar os braços.
Segundo a enfermeira Ghisleine Antunes da Silva, essas soluções aumentam a segurança do paciente e diminui a exposição da equipe de saúde em casos de internação de pessoas com doenças infectocontagiosas. “Esse sistema agiliza o trabalho da enfermagem, pois vai diminuir o tempo de espera em alguma solicitação do paciente. Acredito que usar as novas tecnologias a favor da saúde é fundamental para melhorar cada vez a assistência prestada”, ressalta.
Foto: UEM
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