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Depois de anos sob controle, volta a aumentar as mortes no trânsito de Maringá

Ao todo, 24 pessoas morreram nestes cinco meses. Em 2021, durante todo o ano (ou seja, em 12 meses), foram 33 mortes. O grande desafio é reduzir as mortes de motociclistas.

  • O grande desafio é reduzir as mortes de motociclistas. Os acidentes com carros e outros veículos (como bicicleta e patinete) têm indicadores médios de fatalidades abaixo de países europeus, como a Suécia. Foto: CMM/Arquivo

    Um ciclista morreu na última semana. Era venezuelano. Foi a primeira morte de ciclista em 2022. Entretanto, o jovem de 23 anos não foi a única vítima do trânsito neste ano em Maringá. Ao todo, 24 pessoas morreram nestes cinco meses (dados atualizados na sexta-feira, 27).

    Em 2021, durante todo o ano (ou seja, em 12 meses), foram 33 mortes; em 2020, 44; e, em 2019, 39.

    Em entrevista exclusiva ao Maringá Post, o secretário de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur, ressalta que o grande desafio é reduzir as mortes de motociclistas. Os acidentes com carros e outros veículos (como bicicleta e patinete) têm indicadores médios de fatalidades abaixo de países europeus. Porém, trafegar de motocicleta é sempre um risco.

    E esta não é uma realidade apenas de Maringá, lembra Purpur. O Brasil todo precisa inverter a curva crescente de mortes com motociclistas.

    Clique aqui para assistir o vídeo.

    Bicicletas
    Segundo Purpur, apesar da morte ocorrida na última semana, os acidentes envolvendo ciclistas são raros. As políticas implementadas pelo poder público municipal – com ciclovias e ciclofaixas – têm sido efetivas em garantir segurança para quem usa a bicicleta diariamente. E, em Maringá, 6% das pessoas usam bicicletas para se locomover – um número acima da média da maioria das cidades brasileiras, mas que pode crescer ainda mais, defende o secretário.

    Desafio
    Mesmo com 43 quilômetros de ciclovias construídas na cidade, existem inúmeras regiões ainda não contempladas por espaços exclusivos para esse modal de transporte. Um exemplo: alguém que sai da avenida Cerro Azul e quer chegar até um dos shoppings centrais, na avenida São Paulo, tem que trafegar pelas calçadas ou entre os carros.

    Purpur reconhece que o desafio é convencer comerciantes a eliminar parte dos estacionamentos públicos para implementar ciclofaixas. Ele conta que é fácil fazer ciclofaixas; difícil é convencer moradores e comerciantes da região a aceitar o fim das vagas públicas. Por isso, embora os planos estejam no papel, não há planos de obras significativas no setor nos próximos dois anos.

    Estacionamentos públicos
    Maringá é uma das cidades que mais oferecem vagas de estacionamento em ruas e avenidas. Além disso, lembra Purpur, também há inúmeros estacionamentos privados e os preços praticados são acessíveis.

    Eliminar parte das vagas públicas é uma tendência natural, ressalta. Cidades como Londrina e Curitiba já avançaram nessa estratégia. Isso permite inclusive maior fluidez de veículos. Hoje, em Maringá, em função das vagas laterais, o trânsito é lento em muitas regiões da cidade. O motorista que busca uma vaga acaba travando uma pista da avenida.

    Outros temas
    Ainda nesta entrevista, o secretário Gilberto Purpur fala sobre os patinetes, os planos para tornar Maringá uma cidade caminhável e aponta a importância do plano de mobilidade que vem sendo discutido em audiências públicas.

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