Maringá registra aumento de casos e mortes em estabilidade, aponta Observatório Covid

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O primeiro boletim do ano do Observatório Covid UniCesumar Codem, divulgado nesta quarta-feira, 12, aponta aumento na média de casos e na taxa de transmissão da doença em Maringá na comparação com períodos anteriores. A taxa de ocupação dos leitos SUS exclusivos para a Covid-19 também aumentou, mas o número de óbitos ainda se mantém estável. 

De acordo com o boletim (veja a íntegra), a média de casos confirmados saltou de 23,67 na última quinzena de dezembro para 182 nos primeiros 11 dias de janeiro. O período de 15 dias ainda não foi finalizado, mas o número registrado é o maior desde a segunda quinzena de junho de 2021, quando a média era de 280,07 casos. 

O número de casos ativos também aumentou e na terça-feira, 11, Maringá registrou 2.642 pessoas com a doença. Na avaliação do coordenador do observatório e diretor de pós-graduação da UniCesumar, Guaracy Silva, o número é o maior desde o início da pandemia. No segundo semestre do ano passado, o número de casos ativos diários não passava de 300. 

O aumento de casos também é reflexo da taxa de transmissão, chamada de Rt. Na média móvel de sete dias, o índice, que estava em 0,79 em primeiro de dezembro, subiu para 2,02 em 11 de janeiro. Quando a taxa é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança. Quando é menor, ela recua. 

O levantamento também registra aumento na utilização da capacidade hospitalar diária de leitos de enfermaria SUS exclusivos para a Covid. Em 30 de dezembro, a ocupação era de 18,33% e atingiu 100% em 11 de janeiro. Nos leitos de UTI exclusivos, a ocupação foi de 22,86% para 30,00% no mesmo período. 

Apesar do aumento no número de casos confirmados, as mortes ainda estão em estabilidade. “Percebemos, pelos gráficos, que a linha de casos sobe abruptamente enquanto a de óbitos permanece na sua tendência. Tudo indica que com a variante Ômicron teremos mais casos, mas não necessariamente o mesmo percentual de internações, de agravamento e de óbitos”, afirma Guaracy Silva. 

De acordo com o professor, os dados reforçam a importância do uso de máscara, das medidas de higiene pessoal e da vacinação. Ele pontua que ainda é necessário um período maior para avaliação das tendências, mas as medidas de prevenção, principalmente a vacinação, são as responsáveis pelo não agravamento dos casos. “Nas outras ondas, quando ainda não havia um índice grande de vacinados, existia uma correlação: crescia 20% de casos e, consequentemente, 20% em agravamento e 20% de óbitos.” 

Vacinação

O percentual de vacinados com a primeira dose em Maringá apresentou uma pequena alteração de 81,12% em 19 de dezembro para 81,67% em 11 de janeiro. O destaque está na aplicação da segunda dose e do reforço, que aumentou principalmente nos últimos dias com o avanço da Ômicron. O número de vacinados com a segunda dose aumentou 5,16% e passou de 70,71% em dezembro para 75,87% em janeiro. O percentual da população que recebeu o reforço passou de 10,24% para 21,12%, com aumento de 10,88%.

Sobre o Observatório

O Observatório surgiu em março de 2020 com o propósito de monitorar a pandemia e subsidiar a tomada de decisões por parte de autoridades considerando diferentes interesses como a saúde da população e o impacto na atividade econômica. Representantes da UniCesumar e do Codem se reúnem semanalmente para avaliar e monitorar os indicadores da pandemia. 

Além do coordenador Guaracy Silva, participam das análises as professoras Simone Bonafe (médica infectologista), Nancy Ferreira Silva (matemática), Solange Lopes (diretora do Centro de Biológicas e Saúde) e o analista de dados Icaro da Costa Francisco, todos da UniCesumar. Pelo Codem participam os executivos e empresários convidados. 

O Observatório também convida para as reuniões representantes da Secretaria Municipal de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação e da Secretaria Municipal de Saúde.


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