O secretário de Segurança Pública de Maringá, policial civil Ivan Quartaroli, deve ter motivos para se preocupar e necessidade de, urgentemente, vir a público dar explicações após o pronunciamento do presidente da Câmara, Mario Hossokawa (PP), na sessão desta terça-feira, 7, que o chamou de ineficiente e desnecessário, deixando bem claro que “infelizmente” foi quem apresentou o secretário ao prefeito Ulisses Maia (PSD), “uma infelicidade muito grande da minha parte”.
A raivosa fala do presidente aconteceu em um momento em que vários outros vereadores, também revoltados, se referiam às aglomerações que acontecem em vários pontos da cidade nas noites dos fins de semana, com bebedeira, venda e consumo de drogas, música alta – e de gosto duvidoso -, provocando perturbação do sossego, problemas no trânsito, venda de drogas e outros problemas. No último fim de semana, um homem foi morto a tiros e outras três pessoas ficaram feridas em uma dessas muvucas na Avenida Petronio Portela, no Jardim Aclimação, área sul de Maringá.
“Essa é a melhor cidade do Brasil para morar. Pergunte aos moradores do Jardim Aclimação se eles estão no melhor lugar para morar!”, disse Hossokawa, lembrando que o problema é o mesmo dos moradores próximos à Rua Paranaguá e outros pontos, inclusive lugares que nem têm bares nas proximidades.
“Maringá tem uma Secretaria de Segurança Pública. Perguntamos: o que o secretário fez até agora? Por que que existe esta secretaria se tem um secretário ineficiente, não sabe o que está fazendo? Nós podemos acabar com essa secretaria que não está servindo para nada”.
Uma Lei que não foi cumprida e ninguém explica o porquê
Mário Hossokawa se referiu também a um projeto de lei que foi aprovado no ano passado pela Câmara, servindo de instrumento para a ação das forças policiais para impedir as aglomerações gigantes como a da Petrônio Portela.
Segundo o presidente da Câmara, o projeto foi criado pelo então vereador Carlos Mariucci (PT), com base em leis existentes em outros municípios. Mas, como Mariucci na época era candidato a prefeito, o projeto foi refeito e apresentado por Mario Hossokawa, Sidney Telles e William Gentil e foi aprovado por unanimidade.
As autoridades do setor de Segurança gostaram do projeto e consideraram que teriam instrumento legal para o trabalho que precisava ser feito. Porém, o prefeito Ulisses Maia não sancionou a Lei, que acabou promulgada e publicada pela Câmara. Porém, nada foi colocado em prática e quando vereadores pediram explicação, não tiveram resposta.
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