Maringá Post
Maringá Post - Notícias de Maringá e Região - O portal oferece as últimas notícias e novidades. Independente, sempre.

Calil lota depois de um ano e meio para sambar com Leci na abertura do Festival Afro-Brasileiro de Maringá

  • Depois de mais de 1,5 ano sem a presença do público, finalmente o Teatro Calil Haddad lotou, mas não por uma plateia comportada que permanecesse sentada: diante da pulsação do samba de Leci Brandão, o público levantou, mostrou samba no pé e cantou, transformando numa grande festa o reencontro do teatro com o povo, com a música e com a abertura do 13° Festival Afro-Brasileiro de Maringá.

    O show marcou também o reencontro de Leci com o público, pois desde o início da pandemia da covid-19, em março do ano passado, ela e sua banda estiveram recolhidos, sem realizar shows. Ela é grupo de risco pela idade.

    O show pode ser acompanhado também pela internet, pelas redes da prefeitura. E quem perdeu e quer ver Leci Brandão agitando o Calil Haddad, pode fazê-lo neste LINK.

    Depois das palavras das autoridades abrindo o Festival Afro-Brasileiro, Leci Brandão iniciou a agitação no teatro com “Kizomba, Festa da Raça”, samba-enredo da Escola de Samba de Vila Isabel em 1988, de autoria de  Rodolpho de Souza, Luiz Carlos Baptista e Jonas Rodrigues, uma das mais perfeitas homenagens a Zumbi dos Palmares.

    Festival Afro-brasileiro de Maringá
    Leci e sua banda estavam há um ano e meio sem fazer shows Foto: PMM

    A partir daí, o que se viu durante uma hora e meia foi o melhor do samba por uma de suas mais expressivas representantes, acompanhada por instrumentistas de primeira linha. E a platéia respondendo no pé, nem se tocando que a cantora que provocava toda aquela kizomba, com tanta energia, é uma senhora de 76 anos.

    No final, como era de se esperar, teve pedido de biz, atendido com direito a grito de “fora os que odeiam a cultura, fora Bols…!”

     

    Festival Afro-Brasileiro de Maringá

    • dia 16    Desenvolvimento Econômico da População Negra

    Debatedoras: Clara Marinho, Roberta Kisy e Roseli Faria, com mediação de Juliana Aline dos Santos.

    • dia 17     Racismo Estrutural

    Debatedores: Vilma Reis, Lúcia Xavier, Iêda Leal, com mediação do professor Delton Aparecido Felipe

    • dia 18    Mesa de Discussão

    Debatedores: Valdeir Gomes de Souza, Cleuza Souza Theodoro e Aracy Adorno Reis, com mediação da                           jornalista Hortensia Franco de Carvalho

    • dia 19    Espiritualidades Afro-Diaspóricas

    Debatedores: Isabelle Caldas e Gislaine Gonçalves, com mediação de Laís Fialho

    • dia 20    show com a cantora Majur

    20h30, no Teatro Reviver, na Praça de Todos os Santos

    Criado em 2006, o Festival Afro acontece sempre no início da segunda quinzena da novembro para coincidir com a Semana da Consciência Negra, que termina no dia 20, data que lembra a morte do símbolo máximo da luta dos afrodescendentes, Zumbi do Palmares.

    A criação deste evento é resultado do trabalho de conscientização desenvolvido pela antiga Assessoria de Promoção da Igualdade Racia (hoje, Secretaria da Juventudel e Cidadania), em parceria com a Associação União e Consciência Negra de Maringá, Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques e Centro Cultural Jhamayka. O evento também conta com o apoio das secretarias da Mulher, Educação e Cultura.

    Comentários estão fechados.