Na liminar em que define condições para que os motoristas das empresas Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) e Cidade Verde possam entrar em greve, o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região/Paraná determina que representantes do Sindicato dos Rodoviários de Maringá, o Sinttromar, se abstenham de bloquear a entrada de motoristas nas empresas, bem como a saída de ônibus.
A decisão do desembargador Célio Horst Waldraff, vice-presidente do TRT da 9ª. Região, deve-se ao fato de ser tradição sindicalistas realizarem piquetes para que motoristas não consigam entrar nas empresas e nem sair com ônibus. Em Maringá, essas práticas dos sindicalistas têm sido contundentes em outros episódios de paralisação dos motoristas do transporte público.
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“Suscitantes, bem assim, em caráter preventivo, que se abstenha de ameaçar, turbar ou esbulhar a posse das instalações empresariais do empregador”, diz um trecho da decisão de Waldraff, que determina que o sindicato assegure o distanciamento entre seus diretores e os participantes de eventual greve dos motoristas.
O descumprimento dessas determinações será punido com multa de R$ 20 mil por dia, podendo o valor aumentar em caso de reincidência.
Cidade sem transporte na segunda
Em Assembleia Geral, os trabalhadores decidiram não aceitar a proposta de reajuste apresentada pela TCCC e Cidade Verde e aprovaram a paralisação a partir desta segunda-feira, 25, por tempo indeterminado.
Pesou nessa decisão a informação de que a prefeitura de Maringá vai subsidiar a passagem de ônibus em R$ 0,45. Segundo o diretor sindical Emerson Viana, o recurso é do subsídio do Passe do Estudante, que ainda não está sendo usado integralmente e seria antecipado.
De acordo com Viana, os trabalhadores só foram informados sobre o subsídio na terça-feira, em uma reunião com a equipe da prefeitura. “Nos estamos esperando se haverá ou não proposta para os trabalhadores. Até agora não formados informados oficialmente”.
O sindicalista diz que se houver uma proposta, ela será analisada, mas até lá o transporte coletivo de Maringá ficará parado.
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