Patrulha Maria da Penha atende por ano quase mil mulheres em perigo

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Pelo menos 3.926 mulheres de Maringá foram atendidas pela Patrulha Maria da Penha nos últimos quatro anos, o que dá uma média de quase 1 mil casos por ano e mais de 2,5 por dia. Em boa parte dos casos as mulheres foram abrigadas sob medidas protetivas, com afastamento do agressor.

Os números são da Secretaria de Segurança de Maringá, que operacionaliza a Patrulha Maria da Penha por meio da Guarda Municipal e justificam a criação da equipe como um dos ativos de proteção à mulher criado e mantido pela prefeitura de Maringá. A criação da equipe completa 4 anos neste sábado, 25.

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A equipe recebeu treinamento específico para o atendimento da mulher em situação de risco Foto: Mileny Melo

“Com a implantação do serviço especializado, as mulheres passaram a ter mais confiança no sistema de proteção e buscaram seus direitos”, afirma o prefeito Ulisses Maia (PSD), que criou a equipe dentro da Guarda Municipal e proporciou o trinamento específico dos agentes.

Para marcar o aniversário de quatro anos da patrulha, a Câmara Municipal de Maringá convidou a supervisora da Patrulha Maria da Penha, a guarda civil Silvana Soares, e o secretário de Segurança, Ivan Quartaroli, para falar sobre o trabalho desenvolvido. Silvana ressaltou que os principais objetivos da patrulha são acompanhar, fiscalizar, apoiar e proteger as mulheres vítimas de violência. “A Patrulha hoje tem duas equipes, cada uma conta com uma integrante feminina e com duas viaturas caracterizadas. Atuamos em conselhos e em toda a rede de proteção à mulher buscando a prevenção contra a violência.”

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Para a coordenadora Silvana Soares, a ação da Patrulha Maria da Penha está dando às mulheres a confiança de que podem fazer denúncias com segurança Foto: CMM

Ela citou que em 2017 houve a implantação do botão do pânico e também o treinamento de 58 agentes da guarda sobre a rede de atendimento à mulher. “Todo esse trabalho garante a qualidade no atendimento prestado pela patrulha.”

As medidas protetivas têm um prazo normal de 180 dias, podendo ser prorrogadas pelo Poder Judiciário. São realizadas visitas periódicas na residência ou local de trabalho da vítima para verificar se ainda há situação de risco e se o agressor cumpre o que foi deferido pela Justiça.

Caso não haja o cumprimento das determinações judiciais, a patrulha age de acordo com medidas cabíveis que podem ser desde o recolhimento de provas até a detenção do acometedor, quando localizado.

Entre 2020 e 2021 foram registrados 18 mandados de prisão. Algumas mulheres sob medida protetiva recebem um dispositivo de segurança conhecido como botão do pânico, que é acionado em situação de violência doméstica, quando se sentirem ameaçadas, em especial quando o agressor descumprir medidas protetivas.

 

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é o número de telefone que aciona as equipes da Patrulha Maria da Penha


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