A Secretaria de Juventude e Cidadania atendeu 17 pessoas em uma semana pelo programa de Atendimento Psicológico para pessoas LGBTQIA+. O programa teve início no dia 30 de agosto e o trabalho é realizado presencialmente por quatro psicólogos voluntários.
Essa ação da Prefeitura acolhe o público LGBTQIA+ como política pública do município para uma população que historicamente carece de inclusão social digna. Para as pessoas LGBTQIA+, a discriminação e exclusão social é algo que afeta a sanidade mental e o sentimento de não pertencimento em muitos ambientes que prezam a “normalidade” em corpos que são cis-heterossexuais (cis: prefixo que se refere a quem se identifica com o gênero atribuído pela sociedade).
Além disso, a existência dessa política se justifica pelas altas taxas de suicídio, ansiedade e depressão que a população LGBTQIA+ apresenta. Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo, atrás apenas de acidentes de trânsito. Um dos motivos está ligado à questões de sexualidade e gênero e não aceitação pública do indivíduo.
Em Maringá, segundo o mapeamento LGBTQIA+ realizado no começo desse ano, muitas pessoas revelaram que necessitam desse apoio psicológico que os serviços convencionais de saúde não conseguem satisfazer. Segundo a pesquisa, 43,8% da população deixaram de procurar serviços de saúde por medo de sofrerem algum tipo de preconceito e/ou discriminação e, em decorrência disso, além dos prejuízos à saúde mental e psicológica, 16,8% já tiveram dificuldades em procurar atendimento médico por ser transexual ou travesti.
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