Quanto realmente importa um rótulo quando se trata de como e quem amamos? O termo “queer” nasceu pejorativo, e, em inglês, foi usado para identificar pessoas que não eram aceitas socialmente ou que viviam à margem da lei (como prostitutas, devassos ou desempregados).
A partir da década de 80, começa a surgir a Teoria Queer, que foi consolidada por Judith Butler na obra Problemas de Gênero. O queer, então, começou a ser entendido como aquilo que é, por essência, “estranho”, ou seja, fora dos padrões sociais. Não existe uma forma apenas de ser queer. Na verdade, o termo é usado para questionar ideias sobre gênero que são impostas pela sociedade. E se você acha que não se enquadra neste termo, cuidado, ele muito mais abrangente do que se imagina.
As questões de gênero são tema candente, urgente e complexo, principalmente no país que mais mata quem não se enquadra nos padrões impostos pela sociedade. Por ser importante dar voz e expressão a quem sistematicamente é “apagado” nas discussões, o Maringá Post convidou o jornalista Randy Fusieger para escrever a “Queer Post”, espaço dedicado a todo tema que envolva gênero, sexo, identidade e infelizmente, violência também.
Randy Fusieger é jornalista, tem 26 anos e nasceu em Cidade Gaúcha, formado em Maringá se diz um apaixonado por contar histórias. E ao se definir como homem branco cisgênero* gay, ele sabe que tem alguns privilégios. “Apesar de todo preconceito que um gay sofre no Brasil, o fato de ser branco e aparentemente heterossexual me protege minimamente dessa violência toda. E por isso é importante que se fale desse assunto dando voz aos que não tem espaço”.
Para Randy não é uma questão de tolerância, porque, segundo ele, tolerância pressupões algo que “se suporta”. A comunidade queer existe é não quer mais ser suportada, quer ser aceita, com todos os direitos que todo ser humano tem.
*cisgênero e outros termos que se referem a orientação sexual das pessoas você encontra aqui
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