O multiinstrumentista, compositor, cantor e autor de trilhas de filmes André Abujamra e o cantor Oswaldo Montenegro serão as principais atrações do Mês da Música, que Maringá comemora durante todo o mês de agosto com uma série de atividades artísticas, como shows, oficinas e filmes. Outro momento de destaque no Mês da Música será o Festival de Música Cidade Canção, o Femucic, que volta depois de suspenso no ano passado devido à pandemia do coronavírus.
“Será um evento histórico para Maringá”, considera o secretário de Cultura, Victor Simião. “Vamos divulgar e valorizar a música em todas suas manifestações, para todos os públicos”. Os eventos serão pela internet e também presenciais e com todos os protocolos em prevenção ao coronavírus.
Estão na programação atividades gratuitas nos parques da cidade, no Terminal Urbano, no Paço Municipal, entre outros espaços públicos. Inclui apresentações de acadêmicos do curso de Música da Universidade Estadual de Maringá. A UEM e o Sesc são parceiros do evento.
O Femucic será entre os dias 23 e 28, em versão online, com apresentação de artistas de todo o país. Mais detalhes, assim como toda a programação do Mês da Música, serão divulgados nos próximos dias.
Montenegro, sempre na estrada
A cantor e compositor Oswaldo Montenegro, com 40 anos de carreira, é cria dos festivais. Ele já trabalhava há muito com composições para peças teatrais que ele mesmo escrevia e tornou-se conhecido do grande público a partir de festivais realizados pelas maiores redes de TV do Brasil.
“Bandolins”, dele e Mongol, foi sucesso em um festival e até hoje não sair da memória do público. No ano seguinte, foi em um festival da Globo que ele soltou a voz com a canção “Agonia”. Ganhou o festival, o público e fama. Mas, mas foi o talento para criar novos sucessos que o mantém como um dos grandes nomes da música brasileira, com várias canções em novelas, filmes e, como no início, espetáculos teatrais que ele mesmo cria.
O outro convidado para o Mês da Música é o compositor André Abujamra, que deverá ministrar uma oficina de trilhas sonoras. André já participou de várias bandas, como a Mulheres Negras, mas sempre manteve em paralelo sua carreira solo.
Fazendo jus ao nome
A iniciativa é embasada na lei municipal 11008/19, projeto do vereador Sidnei Telles (Avante), para realçar o conceito de Cidade Canção. “A lei exalta as características culturais de Maringá e visa fomentar o turismo e apoiar os músicos, transformando nossa cidade em um grande centro da música em todas as suas expressões”, explica Sidnei Telles.
Para Telles, uma cidade que tem o aposto de Cidade Canção e tem seu nome a partir de uma das mais importantes obras do cancioneiro nacional, tem que fazer jus. Ele cita que Maringá tem sido o celeiro de compositores da nova música sertaneja e no passado foi um dos mais importantes entrepostos dos artistas que percorriam o Brasil fazendo shows em circos e praças, não se esquecendo que foi em Maringá que o lendário violeiro Tião Carreiro e o violonista Zorinho (maestro Itapuã Ferrarezi) criaram a batida do pagode, uma das marcas mais consagradas da música brasileira.
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