O Observatório Social de Maringá (OSM) protocolou, na quarta-feira (17/3), um novo ofício pedindo esclarecimentos à Prefeitura de Maringá sobre a demora na publicação do boletim com informações detalhadas da Covid-19 na cidade.
Segundo a presidente do OSM, Cristiane Mari Tomiazzi, o documento foi enviado após o município não responder os questionamentos feitos pela entidade no mês passado.
No dia 26 de fevereiro, o OSM questionou porque o boletim detalhado ainda não foi publicado neste ano e quando será publicada a próxima edição. O último boletim detalhado produzido pela Prefeitura de Maringá foi divulgado no dia 17 de dezembro de 2020. Desde então, dados como a taxa de positividade da Covid-19 não foram mais divulgados.
A taxa de positividade é a proporção de resultados positivos de Covid-19 em relação a quantidade de testes realizados. A informação mais recente é referente a 8 de dezembro do ano passado. Na última atualização, publicada em 17 de dezembro, a taxa era 56,85%. Isso significa dizer que a cada 100 pessoas testadas, quase 57 receberam o diagnóstico positivo para a doença.
A taxa é importante para que o município defina qual a posição da cidade dentro da matriz de risco. Atualmente, a cidade está na matriz de risco muito alto. No ofício encaminhado em fevereiro, o observatório também indagou sobre a periodicidade que a prefeitura pretende publicar o documento detalhado e o método utilizado para calcular a taxa de positividade.
Em resposta, enviada ao Observatório Social de Maringá no dia 9 de março, o município afirmou que ainda elaborava um boletim completo, com dados até fevereiro deste ano. A prefeitura informou que o atraso na divulgação ocorreu por conta da troca na direção da Secretaria de Saúde, ocupada atualmente Marcelo Puzzi.
Para o OSM, pela reposta apresentada é possível deduzir que a prefeitura não tem as informações solicitadas, o que a entidade considera como “gravíssimo”. “Sem possuir essas informações é incompreensível como o município vem fazendo o gerenciamento da pandemia e tomando as decisões administrativas sobre o seu enfrentamento”, afirma um trecho do ofício.
O observatório também aponta que, se a prefeitura tem as informações e está deixando de fornecê-las, “há lesão grave ao direito de acesso à informação”.
Diante da insuficiência de esclarecimentos, o OSM reiterou o pedido para que a prefeitura encaminhe com urgência todas as informações sobre a situação epidemiológica do município, especialmente as que respondam as dúvidas apresentadas no ofício anterior.
Ainda por meio do ofício, o OSM solicitou que as informações sejam disponibilizadas imediatamente. Segundo o observatório, por se tratar de solicitação de dados técnicos essenciais ao enfrentamento da pandemia, as informações deveriam estar sendo produzidas e organizadas de forma contínua pela prefeitura.
A Prefeitura de Maringá, por meio da assessoria de imprensa, informou que a equipe técnica da Secretaria de Saúde trabalha no levantamento de informações e dados para resposta ao ofício do observatório.
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