Paraná articula soluções contra redução do estoque de medicamentos para intubação

O estoque de bloqueadores neuromusculares, que são os relaxantes usados para auxiliar na ventilação mecânica, deve durar mais três dias

  • O Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), que monitora os estoques de 63 hospitais que fazem parte do Plano Estadual de Enfrentamento à Covid, emitiu um alerta na segunda-feira (15/3) para o risco do desabastecimento de medicamentos utilizados para a intubação. O sinal vermelho leva em consideração o aumento das internações nos últimos dias em todas as quatro macrorregionais de saúde.

    Para resolver a situação, a Secretaria de Estado da Saúde reforçou o pedido ao Ministério da Saúde por mais medicamentos e estabeleceu protocolos de compra emergencial, inclusive com dispensa de licitação. Os três estados do Sul já mandaram ofício ao ministro Eduardo Pazuello requisitando a disponibilidade de mais medicamentos.

    “A situação é muito crítica. Estamos monitorando desde o início da pandemia a utilização de 25 medicamentos. Mas chegamos num ponto em que as dificuldades são até de medicamentos para intubação. Os leitos estão cheios, estamos fazendo um grande esforço para ampliar um pouco mais os leitos de UTI”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

    O painel atualizado pelo Cemepar nesta segunda aponta que o estoque de bloqueadores neuromusculares, que são os relaxantes usados para auxiliar na ventilação mecânica, deve durar mais três dias, nas atuais condições. O estoque dos sedativos e de analgésicos dá para abastecer os hospitais por mais oito dias, ou seja, até 23 de março.

    O acompanhamento semanal do estoque e consumo nas UTIS SUS exclusivas Covid-19 começou em 22 de junho de 2020, por meio de um questionário eletrônico preenchido pelos hospitais e que indicam a demanda. Esse monitoramento é um dos termômetros que embasam as decisões de controle sobre a circulação do coronavírus.

    “A secretaria discute formas para aquisição imediata destes medicamentos diante da situação, que é considerada a mais crítica do período da pandemia. Faremos aquisição por meio de Ata de Registro de Preços do Ministério da Saúde e da Sesa; pregões eletrônicos; e novas tratativas junto aos laboratórios fabricantes”, afirmou o chefe de gabinete da Sesa, César Neves.

    Com a evolução da pandemia da Covid-19 no Brasil, todos os estados registraram aumentos expressivos na demanda pelos medicamentos que fazem parte do kit intubação, utilizados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

    Com informações da Agência de Notícias do Paraná

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