Mais um hospital privado opera no limite da capacidade e médicos alertam para situação crítica

Em reunião na noite de quarta-feira (24/2), Sociedade Médica de Maringá apontou para situação dramática da rede de saúde

  • Na quarta-feira (24/2), mais um hospital privado anunciou que o pronto atendimento opera no limite da capacidade. Em comunicado nas redes sociais, a Santa Casa de Maringá pediu que as pessoas que não estejam com sintomas da Covid-19 evitem procurar a unidade, exceto em casos de urgência e emergência. O hospital informou que vai priorizar casos mais graves de acordo com a classificação de risco já adotada.

    Durante o fim de semana, outros três grandes hospitais particulares de Maringá comunicaram, por meio de nota nas redes sociais, que atuam no limite máximo da capacidade de atendimento. Em algumas unidades não há condições para novas internações. A taxa de ocupação de leitos de UTI adulto na rede privada continua em 100%.

    Na noite de quarta, o prefeito Ulisses Maia (PSD) e o vice-prefeito Edson Scabora (MDB) participaram de reunião com a Sociedade Médica de Maringá. De acordo com informações da Diretoria de Comunicação da prefeitura, os médicos associados e representantes de hospitais alertaram para a situação crítica da rede de saúde.

    Na reunião, o presidente da Unimed, Durval Francisco do Santos Filho, disse que a situação está um caos. “O pessoal da linha de frente está estressado. A vacina deu uma aliviada, mas os cuidados não acabam. Existe o medo do desconhecido. Atendemos 800 pacientes por mês. Hoje, maioria é Covid e com virulência agressiva. As festas continuam e é preciso conter isso. As pessoas estão angustiadas. Vai morrer gente em pronto atendimento, em casa, no carro.”

    Segundo a superintendente do Hospital Universitário, Elisabete Kobayashi, a taxa de ocupação da instituição está em 100%, na enfermaria e UTI. “Temos 50 pacientes na fila de internação. Aqueles que são internados permanecem de 1 a 2 meses e muitos, normalmente, vão a óbito. De 50 pacientes dia, passamos a atender 200. É fundamental diminuir a transmissibilidade do vírus”, alertou.

    Kobayashi também frisou que é preciso tirar as pessoas das ruas para diminuir a incidência de acidentes. “Nosso centro cirúrgico continua atendendo ocorrências. Foram 16 cirurgias em 2 dias.”

    No final da reunião, os médicos decidiram, por meio de votação, que é preciso ampliar a lei seca na cidade. O prefeito Ulisses Maia disse que a equipe da prefeitura vai se reunir nesta quinta-feira (25/2) para decidir o assunto. Os médicos também solicitaram que as empresas incentivem o home office nos próximos dias para evitar a circulação de pessoas na disseminação do vírus.

    Sociedade Médica de Maringá promoveu reunião com participação do prefeito Ulisses Maia e do vice Edson Scabora / Mileny Melo / PMM

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