Durante o fim de semana, três grandes hospitais particulares de Maringá comunicaram, por meio de nota nas redes sociais, que atuam no limite máximo da capacidade de atendimento. Em algumas unidades não há condições para novas internações. O cenário é reflexo do aumento do número de casos de Covid-19 no município.
O Hospital Paraná informou que está trabalhando dentro dos limites estruturais e humanos. O hospital alertou que os atendimentos em todos os setores do hospital estão demorando mais que o normal. “Salientamos que as vagas da internação e UTI dedicadas a casos respiratórios estão em níveis críticos”, disse em nota.
A direção do Hospital São Marcos comunicou que o Pronto Atendimento atingiu o limite da capacidade instalada. Além disso, os Setores de Internação e Unidade de Terapia Intensiva atingiram limite máximo de ocupação. “Sem condições de realizarmos novas internações clínicas.”
O Hospital Maringá informou que atua no limite da capacidade. Devido a isso, o tempo de espera no Pronto Atendimento do hospital poderá ser maior que o habitual. “Nossos leitos hospitalares, inclusive os de UTI estão no limite de ocupação, podendo haver necessidade de transferência para outros serviços de saúde”, informou.
Segundo boletim do Governo do Estado, divulgado no domingo (21/2), na macrorregião noroeste a taxa de ocupação dos leitos hospitalares SUS exclusivos para Covid-19 é de 92% na UTI adulto e 81% na enfermaria. A UTI pediátrica tem ocupação de 40% e a enfermaria pediátrica 100%.
Maringá recebe novos equipamentos do Estado
Neste sábado (20/2), Maringá recebeu, do Governo do Paraná, novos equipamentos para as Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivas da Covid-19. Os sete respiradores e 10 monitores cardíacos são fundamentais para melhorar o atendimento dos pacientes internados.
Os equipamentos serão utilizados em leitos que estão sendo instalados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul que, desde dezembro, já atende pacientes com sintomas relacionados ao coronavírus.
De acordo com o secretário de Saúde de Maringá, Marcelo Puzzi, os novos aparelhos são fundamentais para dar tratamento mais humanizado neste momento em que houve mudança no comportamento dos pacientes com coronavírus.
“Em geral, quase a totalidade dos pacientes era formada por pessoas idosas. Hoje, boa parte é de pessoas entre 35 e 60 anos e que precisam ficar em respiradores. Os pacientes chegam ao hospital debilitados e, como a doença está evoluindo rapidamente, em muitos o quadro infeccioso piora e há necessidade de intubação. A ação do vírus é rápida e imprevisível”, alerta o secretário.
O Hospital Universitário também doou três respiradores ao município. “Com estes equipamentos, do Governo do Estado e do HU, teremos condições de criar uma sala de emergência, que será um ambiente intermediário, para atender os pacientes menos graves”, explica Puzzi.
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