Grupo organiza uma carreata neste domingo (31/1) em Maringá pela gratuidade da vacina contra a Covid-19. O movimento também pede o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. A concentração será no antigo aeroporto de Maringá, na Avenida Dr. Gastão Vidigal, às 14h30.
O professor universitário Pedro Jorge de Freitas, integrante da comissão organizadora da carreata, explica que a crise sanitária do coronavírus e o cenário político do país são os dois fatores que motivaram a manifestação.
“Nós vemos os diversos governos realizando esforços no sentido de vacinar a sua população. E a nossa população, no Brasil, ainda está sujeita a doença pelo simples fato de não termos nenhuma vacina ou se temos agora são vacinas ainda importadas. Não iniciamos a produção de vacinas e estamos em um ritmo e quantidade absolutamente insuficientes para o atendimento do trabalhador brasileiro”, diz Pedro Jorge de Freitas.
O integrante da comissão organizadora da carreata destaca a defesa pela vacinação gratuita, ação que vem acontecendo no país. No entanto, ele afirma que há o movimento de algumas clínicas privadas para venda do imunizante. “Quem não quiser esperar o sistema de imunização pública e gratuita, poderia se vacinar nessa clínicas privadas que importariam por conta própria as vacinas.”
Para o professor, a venda da vacina contra a Covid-19 é um problema, pois possibilita a falsificação e divide a população entre aqueles que podem e aqueles que não podem pagar pelo imunizante. Além disso, a pressão sobre o governo para agilizar o processo de vacinação diminuiria, já que aqueles que quiserem estar imunes mais rápido, pagarão pela vacina.
“Nós queremos vacina para todos e nós queremos vacina gratuita. Nós queremos vacina feita pelo sistema de imunização brasileiro, que é um dos melhores do mundo, sempre foi. Sempre tomamos vacina e nunca questionamos a origem das vacinas, quem é que fez, da onde vem os insumos, da onde vem o IFA”, diz Pedro Jorge.
No fim de semana passado, capitais como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte também registraram manifestações a favor da vacinação e contra o presidente Bolsonaro.
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