Aos poucos o Ministério da Saúde parece se organizar para iniciar o processo de imunização contra a Covid-19 no de mês de janeiro. Seja de forma emergencial ou não, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está prestes a dar o aval para o uso das vacinas da AstraZeneca e do Butantan. O Ministério da Saúde também está perto de ratificar o plano preliminar de vacinação, que divide a população em quatro grupos. Com a medida implementada, vai se confirmar a previsão de que não há vacinas contra o coronavírus para as crianças e adolescentes.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde trabalha com quatro fases para a imunização contra a Covid-19. Segundo a equipe técnica as definições de prioridade dos grupos levam em conta informações sobre nuances epidemiológicas da Covid-19 entre os brasileiros, bem como comorbidades e dados populacionais.
Na primeira fase, conforme a coordenadora do PNI, Francieli Fontana, devem entrar os trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e a população indígena.
Em um segundo momento, entram as pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras).
A quarta e última fase deve abranger professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.
Ao todo, os quatro momentos da campanha somam 109,5 milhões de doses. Francieli reforçou que o planejamento dos grupos a serem vacinados e fases ainda pode sofrer alterações, a depender de novos acordos de aquisição de vacinas com as farmacêuticas, após resultados dos estudos e regulamentação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Sem vacinas contra o coronavírus para as crianças e adolescentes
Sem estudos concluídos, não há previsão de vacinas contra o coronavírus para as crianças e adolescentes. Em reportagem da Revista Crescer, publicada em dezembro de 2020, o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) considerou que é improvável que as crianças sejam vacinadas em 2021.
O portal TecMundo, também no mês de dezembro, fez reportagem sobre os estudos das farmacêuticas e os primeiros testes em adolescentes e crianças. O objetivo é também ter em breve uma imunização segura para os menores de 18 anos, mas por enquanto, não há previsão de vacinas contra o coronavírus para as crianças e adolescente.
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