Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem registrado uma diminuição no número de casos de síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). A confirmação da doença no país passou de 21,9/100 mil habitantes em 2012 para 17,8/100 mil habitantes em 2019. Em 2015, foram registrados 12.667 óbitos pela doença e em 2019 foram 10.565.
No estado do Paraná, foram registrados mais de dois mil casos em 2019. Já em 2020, 697 pessoas foram diagnosticadas com HIV.
Em Maringá, foram registrados 285 casos de HIV e 149 de Aids no ano passado, registrando queda de 11,92% e 11,30% respectivamente, ante a 2018. Também em 2019, houve nove óbitos em decorrência do vírus.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde de Maringá, o sexo masculino lidera o número de novos casos com 350 confirmações. No sexo feminino foram 93. Confira aqui a tabela na íntegra.
No ano passado, o município realizou licitação para compra de camisinhas masculinas e femininas, além de gel lubrificante com investimento de até R$ 220 mil. O objetivo é prevenir, além do HIV e das hepatites virais, os casos de infeção sexual transmissível (IST).
A Prefeitura de Maringá incentiva a prevenção com a entrega de preservativos gratuitos nos postinhos e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O Ambulatório Municipal de IST/HIV/Aids e Hepatites Virais, localizado na Rua Tabaete, nº 396, também realiza os testes para diagnóstico das doenças todos os dias da semana, das 7h às 17h, sem pausa para almoço.
Segundo Myrna Campagnoli, diretora médica do Laboratório Frischmann Aisengart, o diagnóstico precoce é fundamental para a melhor saúde e o bem-estar do paciente. “Quando o exame é realizado no tempo certo, o tratamento começa mais rápido e, assim, o paciente ganha qualidade de vida”.
Ter HIV não é a mesma coisa que ter Aids?
O Ministério da Saúde explica que ter o Vírus da Imunodeficiência Humana (da sigla em inglês HIV) não significa ter Aids.
Esse vírus, do tipo retrovírus, ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+.
Capaz de alterar o DNA dessa célula, o vírus faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença [Aids]. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas.
Dezembro Vermelho
A campanha Dezembro Vermelho foi instituída no dia 07 de novembro de 2017. A lei de Nº 13.504, prevê a realização de atividades e mobilizações relacionadas ao enfrentamento do HIV, AIDS e das demais infecções sexualmente transmissíveis (IST).
As ISTs mais comuns são: Herpes genital, Cancro Mole (cancroide), HPV, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), Donovanose, Gonorreia e Infecção por Clamídia, Linfogranuloma Venéreo (LGV), Sífilis, Infecção pelo HTLV, Tricomoníase.
Ainda, a campanha tem como foco a prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas que vivem com AIDS e/ou HIV. O Ministério da Saúde aponta há várias formas possíveis de se pegar o vírus.
- Sexo vaginal sem camisinha;
- Sexo anal sem camisinha;
- Sexo oral sem camisinha;
- Uso de seringa por mais de uma pessoa;
- Transfusão de sangue contaminado;
- Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
- Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
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