A enfermeira Celina Antonio da Silva Souza, de 51 anos, que trabalhava na linha de frente no combate ao coronavírus na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte, morreu nesta quinta-feira (3/12) por complicações da Covid-19.
A servidora testou para o coronavírus em 23 de novembro e foi internada na UPA Zona Norte no dia 26. Após complicações, foi transferida para a UTI do Hospital Santa Rita em 29 de novembro. A servidora não resistiu e morreu nesta quinta, às 6h30. Ela deixa três filhos.
“Minha mãe, Celina Antonio, faleceu hoje 6h30. Infelizmente o coração dela não aguentou. Agradeço todas as orações, energias positivas e palavras que recebi nesses dias”, escreveu a filha Liah Souza nas redes sociais.
Servidora pública há 10 anos, Celina Souza é mais uma das vítimas que perderem a vida enquanto se arriscavam para proteger outras pessoas. “Na linha de frente contra a Covid-19 por você”, ela postou nas redes sociais. A enfermeira era coordenadora da UPA Zona Norte, unidade exclusiva para o atendimento de pacientes com sintomas de coronavírus.
Amigos lembraram da servidora preocupada em cuidar do outro e que conhecia todo o funcionamento da saúde pública. “Fica aqui os meus sentimentos a toda a família e um pedido às nossas autoridades, vamos valorizar mais os profissionais de saúde”, escreveu um dos amigos no Facebook.
Nas redes sociais, o prefeito Ulisses Maia (PSD) lamentou a morte da servidora. “Celina era uma grande profissional na linha de frente que ajudou salvar muitas vidas. Uma pessoa querida e admirada entre colegas e pacientes. Meus sentimentos aos amigos e familiares”, disse.
Maia afirmou que Maringá está de luto pela servidora e todas as outras vítimas da Covid-19. “Precisamos nos cuidar e prevenir. Podemos frear o aumento de casos respeitando as medidas restritivas. Pense no coletivo”, escreveu o prefeito.
Na quarta-feira (2/12), o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) e o Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR) emitiram alerta máximo. Segundo os conselhos, os profissionais da área estão nos limites físico e emocional devido ao aumento expressivo no número de casos de Covid-19.
“Afastamentos decorrentes da Covid-19 são necessários aos que adoecem nas equipes. As próximas semanas serão críticas e a prevenção é o melhor caminho”, afirmou o CRM-PR em nota. O pedido é que as pessoas evitem exposições desnecessárias e cumpras medidas de distanciamento social e higienização.
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