O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. E o movimento Novembro Azul tem como finalidade alertar à população sobre os riscos da doença e sobre a importância do diagnóstico precoce para o tratamento e a cura.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de 65.840 novos casos no Brasil a cada ano, sendo que um em cada quatro homens não faz o exame médico necessário para detectar o câncer de próstata.
No Paraná, a estimativa é de 46 casos de câncer de próstata para cada 100 mil habitantes.
Com o diagnóstico precoce, o paciente aumenta em 80% a 90% a chance de cura. Em casos avançados, cai para 30%. De acordo com Myrna Campagnoli, diretora médica do laboratório São Camilo, que integra a Dasa, homens acima dos 45 anos devem se preocupar com esse tipo de câncer, pois a partir desta idade há chances de desenvolver outras doenças, além do câncer de próstata.
“A consulta a um urologista é imprescindível acima dos 50 anos, bem como a realização dos exames que fazem o diagnóstico”, explica.
O câncer de próstata é assintomático durante boa parte da sua evolução. Eventuais sintomas podem começar a aparecer, como dificuldade de urinar ou necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite. Em casos mais avançados pode haver inclusive o comprometimento dos ossos do corpo e fraturas patológicas, sem associação a traumas.
“A doença é essencialmente indolente na maioria dos homens, por isso os médicos só conseguem diagnosticar a partir do resultado da biópsia, que é indicada em caso de elevação do PSA, exame de sangue que identifica o Antígeno Prostático Específico, enzima produzida pelo corpo, de alteração no toque retal, exame clínico realizado no consultório, ou de ambos”, diz Campagnoli.
Os exames de toque retal, de sangue específico (PSA) e a ressonância multiparamétrica da próstata são indicados para o diagnóstico não invasivo do câncer de próstata. No entanto, o diagnóstico só é possível por meio de uma biópsia do órgão. “Daí a importância de o paciente estar em contato com o especialista para o rastreio da doença”, conta a diretora médica do Grupo São Camilo.
O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia ou hormonioterapia, seja isoladamente ou combinadas para os casos mais agressivos. Em tumores menos graves ou em pacientes com idade avançada e com outras doenças mais sérias, os médicos podem optar apenas pelo acompanhamento, sem a intervenção.
“Quando a detecção é precoce, em alguns casos é possível evitar a metástase. E claro, uma dieta saudável e a prática de atividade física regular podem ter algum benefício na prevenção”, finaliza.
Comentários estão fechados.