Motoristas de ônibus decidem encarar multa diária de R$ 50 mil e param 100% do transporte urbano de Maringá

Na manhã desta sexta, o terminal urbano ficou vazio e vários passageiros foram prejudicados com a falta de transporte

  • Mesmo com a determinação da Justiça do Trabalho de manutenção de 70% dos ônibus em circulação em Maringá, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, os motoristas em greve decidiram paralisar 100% dos ônibus do transporte urbano da cidade nesta sexta-feira (18/9).

    Segundo nota do Sindicato dos Motoristas, a decisão de encarar a multa diária e parar totalmente o transporte coletivo foi tomada em assembleia realizada às 5h30 desta sexta-feira (18/9). Foi logo após os dirigentes do sindicato informarem aos motoristas que uma reunião realizada na noite desta quinta-feira (17/9), com representantes das empresas e com a participação do secretário de Mobilidade Urbana, Gilberto Pupur, e do vice-prefeito de Maringá, Edosn Scabora, terminar sem acordo para encerrar a greve.

    Na manhã desta sexta, o terminal urbano ficou vazio e vários passageiros foram prejudicados com a falta de transporte.

    Em relação ao transporte metropolitano, o sindicato diz que alguns ônibus atenderam à população, mas a entidade não soube precisar se foi atendido o porcentual de 70%.

    Segundo o presidente do Sinttromar, Ronaldo José da Silva, não há condição de os trabalhadores se submeterem à falta de reposição das perdas salariais e de abrir mão do pagamento da participação nos lucros e/ou resultados (PLR).

    O presidente propôs o parcelamento desse benefício na renovação do acordo coletivo de trabalho (ACT), além da manutenção do vale-alimentação.

    “O poder público tem de nos auxiliar na solução deste problema, porque a greve é ruim para todos: empresa, passageiros, prefeitura e sindicato”, cobrou o advogado do sindicato. Sandro Lunard. “O que nos interessa, neste momento, é um protagonismo maior do poder público e uma postura mais clara e assertiva do prefeito”, acrescentou.

    Lunard destacou que a reposição do salário pela inflação é questão de dignidade. “O interesse do sindicato é pelo fim da greve. Entre o emprego e o desemprego, é lógico que vamos defender o emprego, mas desde que seja com dignidade para os trabalhadores”, disse.

    Em relação à greve dos motoristas de ônibus, a prefeitura informou em nota que “tem conversado com as partes no sentido de buscar uma solução rápida para o movimento para que a população não seja prejudicada”.

    Nesta sexta (18/9), às 9 horas, foi realizada uma audiência de conciliação virtual na Justiça do Trabalho entre representantes da empresa e do sindicato, com participação da administração municipal.

    O Sinttromar informa que, novamente, não houve acordo. Portanto, a greve do transporte coletivo urbano e metropolitano prossegue.

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