Maringaense aprimora a prática do ferromodelismo em meio ao isolamento social

“Quando coloquei na internet “ferromodelismo”, foi amor à primeira vista. Desde então quase todos os dias sempre estou vendo alguns e também como anda o mercado”, diz colecionador

  • O analista de departamento pessoal, Fernando do Nascimento, 36 anos, iniciou a atividade de ferromodelismo há pouco mais de dois anos, após uma publicação em uma rede social.

    “Vi uma foto na internet de um trem metropolitano modelo TUE Série 5000 junto ao verdadeiro e fiquei muito curioso em saber como era possível, se existia mais modelos. Quando coloquei na internet “ferromodelismo, foi amor à primeira vista. Desde então, quase todos os dias sempre estou vendo alguns e como anda o mercado”, conta.

    O maringaense diz que utilizou muito deste modelo de trem, deixando-o mais impressionado pela atividade de colecionar miniaturas ferroviárias, quando morava na cidade de São Paulo. Durante o trajeto da estação Júlio Prestes a Itapevi, Fernando pegava o transporte de modelo TUE Série 5000 todos os dias às 7h15 da manhã na estação Palmeiras – Barra Funda até a estação Osasco.

    Durante este período de isolamento social, o ferromodelista procurou ler e entender mais sobre o mundo do ferromodelismo e a histórias sobre ferrovias e a paixão cresceu.

    Coleção do ferromodelista Fernando do Nascimento | Arquivo Pessoal

    Além disso, com um filho(a) a caminho, pretende apresentar o mundo das miniaturas à criança. “É um hobby bem legal para se apresentar à criança. Começa com a curiosidade de como funcionam as coisas, como casas e postes, com suas iluminações funcionando. E a importância de se ter cuidado em relação aos objetos”, conta Fernando, que já apresentava interesse pelos trens quando morava próximo ao pátio Pari, pátio de manobras entre as estações Brás e Luz, em São Paulo.

    “A relação de trens e ferromodelismo aumenta a cada dia que se passa, os trens são muito detalhados, inclusive tenho 3 locomotivas na minha mesa de trabalho e todos que passam aqui ficam maravilhados com as peças”, diz o pós-graduando em logística, que está produzindo um artigo sobre o Corredor Oeste de exportação, que ligará o Mato Grosso do Sul ao porto de Paranaguá.

    O ferromodelismo é caracterizado pela prática de colecionar miniaturas ferroviárias, além de permitir a construção de cenários e idealizar composições próprias.

    A Frateschi é a única empresa do Brasil a fabricar esses tipos de trens. Fundada em 1958, produzia bichos de pelúcia, mobílias de madeira, trenzinhos de lata, e alguns produtos de ferromodelismo, como postes telegráficos, postes e catenárias para rede aérea. Quase 10 anos depois, em 1967, a empresa se tornou especialista em ferromodelismo e passou a  fabricar produtos voltados a esse mundo ferroviário adorado por colecionadores.

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