Conheça a história de Rochinha, o cachorro que foi abandonado no Cemitério de Maringá

De tanta insistência, Rochinha começou a aceitar as refeições e adotou dona Helena como companheira, seguindo-a por todos os cantos do local.

  • Rochinha, cachorro que mora no Cemitério Municipal de Maringá, ficou famoso, apareceu na TV em rede nacional no programa Primeiro Impacto do SBT e foi tema de várias outras reportagens após a comunicadora do mercado publicitário em Maringá, Sylviane Lima, publicar em uma rede social a foto do cachorrinho.

    Junto à imagem, ela escreveu: “Quando a gente vê aquele cachorrinho deitado em cima daquele túmulo onde o dono foi enterrado eu imagino que ele espera que o dono volte, acorde e saia dali. Essa semana que passou choveu muito e ele estava ali. É muito lindo ver o amor desse cachorrinho pelo dono. Não tenho nem palavras. Mexe muito com a gente uma cena dessas. É amor puro. Temos muito o que aprender com esses bichinhos”

    A equipe do Maringá Post foi ao Cemitério Municipal de Maringá para entender a história e conhecer o Rochinha, nome dado por dona Helena, como é conhecida pelos funcionários do local. Helena Paulino Rocha, de 64 anos, trabalha com a limpeza de túmulos no cemitério há mais de 20 anos.

    Ela explica que escolheu Rochinha como nome, pois o animalzinho sempre está sobre os túmulos. De acordo com a senhora, o cachorro acompanhava o dono sempre que vinha ao cemitério. Com a morte do tutor, a filha tentou ficar com o cachorro, mas o bichinho urrava sem parar e não comia. Sem saber o que fazer, ela o abandonou junto ao túmulo do pai, contou Dona Helena.

    A senhora de 64 anos explica que não levou Rochinha para casa, pois possui um cachorro e teve receio de que os dois poderiam brigaar. “Eu tenho um cachorro grande, e tenho medo dele machucar o Rochinha, que conhece o cemitério inteiro. Às vezes tira, daí ele fica doente. Eu tenho medo de levar ele e ficar doente também. E quando eu venho ele me acompanhar.”

    O animalzinho, abandonado há um ano, ficou triste e magro após a perda do companheiro, conta Helena, que sempre tentava alimentá-lo. De tanta insistência, Rochinha começou a aceitar as refeições e adotou dona Helena como companheira, seguindo-a por todos os cantos do cemitério.

    Dona Helena também preparou um espaço para o cachorrinho passar as noites. “Eu mando ele dormir lá na cama dele, lá no ossário. Tem lá umas caixinhas que estão vazias. Daí eu coloquei uns pedaços de coberta. E ele dorme lá na caminha dele”, explica a senhora.

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