Dia Nacional de Combate ao Fumo: conheça uma história de quem conseguiu largar o cigarro

Dados de 2020 mostram que 9,8% dos brasileiros fumam, 12,3% são homens e 7,7 %, mulheres

  • Como parar de fumar? O Dia Nacional de Combate ao Fumo, que acontece em 29 de agosto, traz este difícil desafio a milhões de brasileiros, que representam quase 10% da população do país.

    A boa notícia é que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), já existe uma tendência de queda no consumo de cigarros, tendo em vista que em 1989 a parcela de fumantes era bem mais alta, de 34%. Hoje, 9,8% dos brasileiros fumam, sendo 12,3 % homens e 7,7 % mulheres.

    Para quem já venceu a batalha contra o tabagismo a resposta para o fim do mal hábito é quase unânime: muita força de vontade.

    Após quase duas décadas como fumante inveterado, Rômulo Miara de Sordi, de 34 anos, conseguiu vencer essa luta unindo força de vontade e terapia. “Comecei a fumar ainda na adolescência e logo se tornou um hábito. Fumava muito, me alimentava mal, tinha sobrepeso, não conseguia ter uma rotina de exercícios físicos e quase desenvolvendo hipertensão. Era uma vida desregrada e isso me incomodava. Foi quando comecei a fazer terapia e a pensar como transformar tudo isso, principalmente eliminar o cigarro” conta.

    Rômulo alinhou com a terapeuta que faria uma diminuição gradativa dos cigarros até chegar no que chamaram de “Dia D”, quando fumaria o último cigarro e encerraria o ciclo do tabagismo.

    “Fui diminuindo até eliminar totalmente. No primeiro mês até usei um medicamento para suprir a necessidade do tabaco, mas o que conta mesmo é a insistência e a força de vontade em acabar com o vício. Hoje estou 507 dias sem fumar e minha vida mudou. Emagreci, tenho uma rotina saudável e não poderia me sentir melhor”, diz.

    Para a médica Hemmile Aguiar, do Plunes Centro Médico, em Curitiba (PR), o acompanhamento com um terapeuta ou um especialista pode ser decisivo.

    “O processo para acabar com o vício pode ser bem complicado para algumas pessoas. Por isso o uso de medicamentos que auxiliem no controle da ansiedade, e até mesmo da nicotina no corpo, podem ser de muita ajuda e o acompanhamento médico nestes casos é essencial”, avalia.

    Para o tratar do tabagismo o Ministério da Saúde disponibiliza no Sistema Único de Saúde (SUS) a terapia de reposição de nicotina (adesivo transdérmico e goma de mascar) e o cloridrato de bupropiona.

    “O tratamento pelo SUS inclui avaliações individuais, sessões de grupo de apoio e a medicação, se for o caso. O fumante que deseja parar, deve entrar em contato com a unidade de saúde mais próxima para saber como funciona e iniciar o tratamento”, informa Hemmile.

    Os benefícios ao parar de fumar podem ser percebidos de imediato. Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal, depois de duas horas não há mais nicotina circulando no sangue.

    Em dois dias o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida. O risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade em um ano e após dez anos o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.

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